Recorda que a humildade é o perfume eterno da vida. Jesus, o Sol Divino, brilhou na Terra sem ofuscar ninguém. Rei Celeste apagou-se nas palhas da estrebaria, para não confundir os homens desvairados de orgulho, embora viesse acordá-los para a justiça.
Anjo dos anjos desce ao convívio das criaturas frágeis e delinqüentes, sem destacar-lhes as chagas vivas, não obstante guardar entre elas o objetivo de iluminar-lhes o roteiro. Médico Infalível busca os doentes do mundo sem denunciar-lhes as enfermidades e as culpas, embora conservando o propósito de restituir-lhes o equilíbrio e a segurança.
Sábio dos sábios entende-se com os ignorantes de todas as procedências, sem salientar-lhes a sombra, não obstante procurar-lhes a companhia para clarear-lhes a senda. Poderoso condutor da imortalidade aproxima-se dos velhos e dos fracos, das mulheres e das crianças, sem anotar-lhes as mazelas e cicatrizes, embora lhes buscasse a presença para sublimar-lhes os corações. Mestre da luz, não condena os que vagueiam nas trevas, soberano da eternidade, não abandona os que se desesperam nos precipícios da morte... Lembrando-lhe a bondade infinita, detenhamo-nos no ensejo de auxiliar. Todavia, para auxiliar, é imprescindível não criticar e ferir. Na obra do Evangelho, somos chamados à maneira de lavradores para o serviço de amparo à semente da perfeição no campo imenso da vida.
No entanto, para que o dever bem cumprido nos consolide as tarefas, é necessário que a humildade, por perfume do Céu, nos inspire todos os passos na Terra, de vez que Jesus é o amor de braços abertos, convidando-nos a entender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Psicografia em Reunião Publica 24/09/1955 - Centro Espírita Luz e Humildade, BH/Minas Gerais