A mais alta demonstração de amor a Jesus, em relação ao nosso próximo, é amar alguém que tudo terá feito por não merecer. É amar aquela pessoa que nos feriu profundamente, ajudando-a no momento em que ela mais precisar, estendendo a mão para tirá-la do “fundo do poço”. Sei que tudo isso ainda é muito difícil, no entanto, devemos dar os primeiros passos para perdoar o nosso próximo. O segundo passo, é claro, será mais fácil. Porém, se não podemos amar quem tentou nos destruir, podemos pelo menos não odiá-lo, e não alimentar nenhum sentimento de vingança contra ele. Essa é a principal atitude que devemos ter para com o nosso inimigo, além de, também, rogar a Deus para que a consciência dele desperte para o lado bom da vida. Ora, se Deus nos perdoa sempre, porque nos ama, jamais faltando com o Seu perdão para todos nós, até mesmo para os mais errados e distanciados da Sua lei de amor, por que de nossa parte não podemos fazer o mesmo? O próprio Cristo, seguindo a orientação Divina, sempre concedeu o perdão a Seus algozes, como aquele concedido do alto da cruz: “- Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Também jamais condenou ao inferno os maiores pecadores com quem conviveu, e, até pelo contrário, sempre deu uma palavra de esperança a todos eles. A Maria Madalena, disse: “- Filha, o amor cobre a multidão de pecados”. À mulher adúltera aponta o caminho da esperança, dizendo-lhe:
“- Mulher, ninguém te condenou. Eu também não te condeno. Vai e não peques mais”. Ao bom ladrão na cruz prometeu: “- Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”. Agora, quanto ao verdadeiro amor, a um filho rebelde que enveredou pelo caminho das drogas, é aquele amor dado pelos pais no sentido da sua total reabilitação. É o amor que de forma nenhuma passa a mão na cabeça do filho drogado, mas faz de tudo, tanto material quanto espiritualmente, para arrancá-lo do vício. Portanto, esses pais que prosseguem amando o filho até tirá-lo das drogas vivem o que disse Jesus: “- São os mais doentes que precisam de médico”, porque a maior prova de amor é amar alguém que tudo fez por não merecer.
GERSON SIMÕES MONTEIRO
RJ/Jornal “O Imortal” set/2009