28 de ago. de 2010

Viajante

Sou viajante da eternidade
Meu corpo é mera oficina
Onde minh´alma trabalha
Cheguei de longe
Como planta renasço
Do solo profundo
Viajo ao sabor do vento
No serpentear dos rios
No burburinho das matas
Das taquaras que choram
Das aves que voam
Do gado que rumina
Da paz que busco
No fundo do olhar!
Viajo ao encontro
De outros seres
Não vou ancorar
Na angústia vazia
Utilizo o tempo
Em minha própria melhoria.

Delasnieve Daspe