As fotografias eram reveladas depois que o filme de 36 poses acabava, e as músicas eram gravadas em fitas, que a gente presenteava quem amava.
Tudo era mais difícil, mais demorado, mais suado... mas a gente era dono da própria situação.
Se tinha que resolver um assunto, era olho no olho, cara a cara.
Se queria dar um tempo, vestia um pijama e esquecia.
Era preciso mais paciência com as demoras, mas havia uma liberdade, uma possibilidade de não ser encontrado, uma alegria no anonimato e um respeito pela própria ordem interna que recompensava todo o resto...”
(Fabíola Simões)