19 de out. de 2024



Não é necessário convencer ninguém a ficar. Fica quem pode e quer. O amor se constrói na liberdade das escolhas. Amar também é deixar ir, é saber desistir, é compreender quando os caminhos são diferentes.

Porque o amor de verdade quer o bem, e não apenas a posse. É bom ter alguém do nosso lado, mas só se essa presença se sentir confortável em permanecer. Se o seu repouso em nossa companhia for natural e fizer sentido. 

Do contrário é melhor deixar que voe. Para o bem do outro, e acima de tudo do nosso próprio coração. Pois o amor deve ser asas e não gaiolas. Amor puro é aquele que respeita o voo do outro, mesmo quando não é junto ao nosso.

Deixar o outro voar nem sempre é fácil, mas é certamente melhor do que construir algemas e chamá-las de amor. Um sentimento que aprisiona o outro, acaba por aprisionar a si mesmo, se impedindo de viver algo real.

O amor precisa ser leve, respeitoso, livre, natural. E é só assim que ele é real e vale a pena. Ele não necessita de argumentos. Ele sempre requer trabalho, porém jamais deve desgastar o coração.

Ele não pode ser grade. Deve ser vento forte, brisa pura, que impulsiona o voar a dois.

Afinal, amor não é ter que convencer alguém a permanecer. Amor é quando alguém na sua liberdade, escolhe ficar.

(Alexandro Gruber)