20 de mai. de 2024



O amor não dói, o que dói é ter que amar sozinho.
O amor não dói, o que dói é a falta de reciprocidade, a ausência de afeto, o diálogo que se perde em uma única voz.
O amor não dói, o que dói é estar com alguém que não te prioriza ou que é apenas presença de corpo, mas que esquece de se fazer presente também de alma.
O amor não dói. O que dói é a falta de escuta, o tratamento indiferente, as desculpas que se acumulam e as atitudes que se ausentam.
O amor não dói. O que dói é o carinho inexistente, o colo que não se apresenta, a mão que não se estende, os olhares que não mais se encontram.
Não, o amor não dói.
O amor cura, liberta, aconchega, e mesmo que imperfeito dá um pouco mais de sentido em nossas vidas.
Aquele que diz que o amor dói ainda não o conheceu. O confunde com afetos desgovernados, com pessoas que, mesmo que talvez tivessem um sentimento, não o souberam expressar de forma sadia.
Amar nem sempre é fácil. Mas jamais deveria ser um tormento.
Quando o que chamamos de amor machuca, provavelmente já não é mais amor, (talvez nunca foi).
Se fisicamente a gente tem o instinto de se afastar do que nos fere, a gente deveria aprender a fazer o mesmo com aquilo que emocionalmente nos machuca.
Só assim a gente pode aprender a distinguir emoções e entender que o amor verdadeiro pode trazer muito para nossas vidas. Menos feridas.

(Alexandro Gruber)