Lá, era permitido sentar nas calçadas e conversar de perto, e contar histórias de gente, de bicho, das grandes chuvas e das coisas que ficaram pelo caminho.
Lá, era permitido um aperto de mão que acompanhava um sorriso no olhar, era permitido sentar ao redor de uma mesa numa manhã de domingo.
Lá, era permitido se aconchegar nos braços da vó, contando segredos, colhendo as estrelas.
Lá, era permitido namorar no portão o amor pra vida inteira.
Era permitido viver!
(Eunice Ramos)