O amor de criança que sem maldade alguma idolatra a menininha da sala de aula e a tem como uma jóia, a mais rara do mundo.
Um amor sem toque, sem beijos, sem conversas, um amor inocente criado apenas em minha cabeça.
E que me fazia mudar meu caminho apenas para passar perto dela, e olhar meio que de cabeça baixa, mas isso já era o ápice do meu contentamento.
Já adulto descobri que o amor é diferente, ele dói, machuca, desilude, fere e não há nada de inocente nele.
Descobri que amar é na verdade martirizar se por alguém e sofrer ainda mais por descobrir que aquele amor de infância, sempre foi a velha e boa fantasia de criança.
Ahh... que saudade de quando eu era criança...
(Leonardo Góes)