29 de nov. de 2022



Fique só. Não para sempre, não por todos os momentos, mas o suficiente para você se sentir bem consigo e lembrar o prazer da própria companhia.

Fique só nem que seja só por um tempo. Para que você possa se autoconhecer, fazer as pazes consigo, assimilar os seus sentimentos, filtrar as suas emoções e cuidar das suas dores.

Fique só para você tenha a oportunidade de descobrir (ou relembrar) os seus dons e valores, os seus gostos e desagrados, os seus hobbies, os seus risos, os sonhos que a poeira da rotina e das companhias superficiais acabou ofuscando.

Fique só para você reencontrar aquelas partes suas que você deixou de lado para abrir espaço para pessoas que não te acrescentavam muito.

Fique só até que você encontre alguém que seja uma companhia de corpo e de alma. Até que você esteja com alguém que seja uma companhia que acrescente, que te estimule e ajude você a crescer emocionalmente e espiritualmente.

Fique só porque é preciso ter momentos de solidão. A solidão tem poder de ressignificar a nossa existência, de criar um vínculo profundo conosco que nos permite perceber o que merecemos ou não em nossas vidas.

A solidão não é um castigo, é um tempo para o nosso emocional respirar e recuperar as suas forças.

Só a solidão tem o poder de nos devolver a nós mesmos e de nos fazer perceber que os contatos são extremamente importantes, mas que apreciar a própria companhia é um privilégio e uma necessidade da alma.

(Alexandro Gruber)