18 de out. de 2022



Como pode você apontar meus defeitos?

Como pode você julgar as minhas verdades por não corresponderem as suas?

Como pode você acreditar que sabe o que eu deveria ou não deveria fazer?

Você por acaso caminhou os meus caminhos?

Por acaso você viveu o que eu vivi?

Por acaso você calçou meus sapatos e andou sobre as pedras em que pisei?

Por acaso sofreu minhas dores nos espinho que me feriram?

Quem é você que acha que pode medir meu caráter, minhas tristezas ou felicidades pela superfície da minha aparência o que sinto ou deixo de sentir?

Não pode! E sabe porque não pode?

Porque eu não te julgo... sua vida não é minha vida.

Suas escolhas não são as minhas e suas dores não desmerecem as minhas.

Então façamos o seguinte antes de me rotular, olhe para si no espelho e se pergunte que autoridade você tem para jogar pedras no meu telhado se o teu é tão de vidro quanto o meu.

Se não pode ajudar se abstenha de julgar o que não conhece.

Por favor, não condene baseado em conjecturas e teorias daquilo que vivo na prática.

Faça do silêncio um aliado, para não machucar ainda mais quem não suporta mais ser magoado.

Não existe perfeição neste mundo, e talvez esteja aí toda a beleza melancólica da existência.

Transformando em um lento processo de mutação almas em evolução.

Não me meça... não me rotule... não me julgue...

Estou vivendo minha vida tentando encontrar harmonia em minha desordem, tentando entender o açoite, por mais que ele doa e corte... esse é o meu destino.

À você desejo mais sorte...

(Um Ser Chamado Mulher)