1 de ago. de 2022



Talvez tenha me arriscado pouco, talvez a vida tenha sido tímida até hoje.

Talvez acreditei demais nos medos que me contaram.

Talvez gastei energia demais com quem não devia.

Talvez passei tempo demais pensando em mudar, mas no fundo mudei muito pouco. 

Viajei pouco, conheci pouco, a vida passou rápido.

Tenho medo que reste me pouco para viver tudo que quero.

Ainda sinto um pouco de medo. Mas me arrisco, sigo, tenho pressa.

Não quero voltar atrás, sigo em frente. Me vejo menina, adolescente, mulher madura, caminho para velhice.

Anestesiei algumas partes minhas, as busco pelo caminho. 

Fiz o que pude, reconheço os limites que tive.

Mas fui corajosa e resiliente, sigo buscando sentidos... 

Hoje sei que mereço muito mais... 

Não me culpo pelo passado, enfim, me perdoei por ser o melhor que pude. 

Sonho novos horizontes, leves, simples e felizes...

(Ane Barros)