Alguém com a mão um pouco pesada na hora de escrever.
Alguém que não mede esforços para fazer a mínima parte na hora de reeducar essa sociedade totalmente machista.
Eu apanhei muito da vida.
O meu corpo continuou intacto.
Mas da alma, eu tive que cuidar.
Todos os tapas que eu dou em forma de texto, eu levo antes.
Quando eu ensino, aprendi o dobro.
Tudo o que desce rasgando pela garganta de vocês, saiu rasgando da minha.
Tá todo mundo sofrendo, porque nos ensinaram o que era o amor através dos malditos contos de fadas.
Mas a vida não é um.
Por isso todos os dias eu te ajudo a polir a sua própria coroa.
Te ensino que você pode sim ser a rainha da sua vida.
Mas antes, vai precisar abandonar a crença que tinha.
Antes de assumir nossos lugares no topo, precisamos estar dispostas a enfrentar esse mundo louco.
O mundo que vai dizer onde é o nosso lugar.
Onde podemos ou não pisar.
Estamos aqui para reformular tudo o que foi dito.
Dar conta de todo esse prejuízo.
De gerações.
Não é a nossa geração que está doente.
É a anterior que não entende.
Que essa casa também é da gente.
Esse lugar também é nosso.
E eu vou gritar isso o mais alto que posso.
Então eu sou a dona de toda essa revolução.
A dona desse cabelão.
Que traz o vermelho, como representatividade de tudo o que vejo.
Eu vejo uma voz que não pode mais ser calada.
Eu vejo um exército crescendo, aqui e aí dentro.
Pegando algo que é nosso, o primeiro lugar do pódio!
Tais_escritoraoficial