2 de jul. de 2022



Quem é essa menina que me bate em forma de texto?

Alguém com a mão um pouco pesada na hora de escrever.

Alguém que não mede esforços para fazer a mínima parte na hora de reeducar essa sociedade totalmente machista.

Eu apanhei muito da vida.

O meu corpo continuou intacto.

Mas da alma, eu tive que cuidar.

Todos os tapas que eu dou em forma de texto, eu levo antes.

Quando eu ensino, aprendi o dobro.

Tudo o que desce rasgando pela garganta de vocês, saiu rasgando da minha.

Tá todo mundo sofrendo, porque nos ensinaram o que era o amor através dos malditos contos de fadas.

Mas a vida não é um.

Por isso todos os dias eu te ajudo a polir a sua própria coroa.

Te ensino que você pode sim ser a rainha da sua vida.

Mas antes, vai precisar abandonar a crença que tinha.

Antes de assumir nossos lugares no topo, precisamos estar dispostas a enfrentar esse mundo louco.

O mundo que vai dizer onde é o nosso lugar.

Onde podemos ou não pisar.

Estamos aqui para reformular tudo o que foi dito.

Dar conta de todo esse prejuízo.

De gerações.

Não é a nossa geração que está doente.

É a anterior que não entende.

Que essa casa também é da gente.

Esse lugar também é nosso.

E eu vou gritar isso o mais alto que posso.

Então eu sou a dona de toda essa revolução.

A dona desse cabelão.

Que traz o vermelho, como representatividade de tudo o que vejo.

Eu vejo uma voz que não pode mais ser calada.

Eu vejo um exército crescendo, aqui e aí dentro.

Pegando algo que é nosso, o primeiro lugar do pódio!

Tais_escritoraoficial