1 de jul. de 2022



Mais cedo ou mais tarde perdemos a guerra contra o tempo. Nossa juventude escapa-nos do corpo e a gravidade forte e descarada leva tudo o que nos esforçamos cuidadosamente para manter no lugar.

Já não há cremes nem pomadas que apaguem as marcas de tantas risadas, mágoas, e raiva do nosso semblante.

Tomamos vitaminas, colágeno, limão, gengibre, vinagre de maçã, mel e ômega 3 e quanta fórmula feiticeira nos atravessar. Comemos menos para ficar com fome... nós suamos quando está frio e o sono nos revela...

Um dia percebemos que não há salto confortável, que não vemos sem óculos e as raízes dos nossos cabelos brancos crescem sem piedade. Que nossa cintura vai emparelhando e nossos joelhos vão arredondando.

Um dia, cansamos de imitar no espelho, aquela jovem que fomos. Olhamos um para o outro, sem luz quente nem sombras e finalmente aceitamos que vivemos mais Vida do que a que nos resta. E que lindo que foi... ter vivido e sentido. Ter dado tanto amor, quanto ter recebido...

Adquirir a experiência e aprender com paciência...

O que importa se a gravidade ganhou? Que perdemos a guerra contra as rugas. Que nos cansamos de afundar o estômago... de tirar o peito e as pompas...

O que importa se a beleza já vem da alma. Sim, essa beleza é infinita e cheia de amor e perdão...

Que importa que vamos para velhas...
Que as há mais jovens e mais bonitas.

O que importa se temos a Vida e cada experiência nos pinta de sabedoria.

Que honra ter sido e continuar sendo mães, esposas, namoradas, amantes, irmãs, avós e amigas. 
Que ainda temos muito amor pra viver e chega sem exigir nem pedir...

Que maravilha essa fase de sermos como somos, de nos amarmos assim mesmo. Como é bom seguir em frente com tudo que vivi e aprendi...

Pense e aja positivo desde que viva o Amor.