DANÇA DO PARAÍSO
Flores sorriem silenciosas
No belo, campo sagrado
Exalam fragrâncias maravilhosas
No teu corpo de bailarina, imaculado
Numa invocação índia de dança
Tu mostras-me como é:
O bailado que traz a esperança
Na leveza angélica do teu pé
E no sorriso inocente de criança
Exibes toda a magia do teu ballet
Nas emoções escondidas na tua pele
Flutuas ao vento como mariposa
Que abençoa um tango de Gardel
Na tua delicadeza voluptuosa
Tu! Estás simplesmente divina!
Na tua natural simplicidade
De mulher, amante e bailarina
Que me encanta de verdade
Que bom! Abrir os olhos à beleza
Da tua dança sobrenatural
Imitação das aves na natureza
Exibida no teu corpo mortal
Tudo em ti é mistério, salero!
Magia de pura emoção
És a redenção que eu quero
Pra obter a divina absolvição
A tua dança eleva a minha alma
Para outra idílica dimensão
A tua dança exímia acalma
Toda a minha eterna inquietação
Natural e tão humana
Quando danças o meu coração
Beija o teu corpo de dama
Dança! Dança! Bailarina
Um passe doble de sevilhana
Eu! Prendo os olhos ao teu dançar
E, deixo-me por ti seduzir
Preciso dessa dança pra sonhar
No mundo melhor que há de vir
Agora! Aprecio o teu sambar
Que me ajuda a descontrair
Depois da dança desejo beijar
O teu rosto meigo de sorriso
Como forma de homenagear
A dança trazida do paraíso.
(Joaquim Jorge de Oliveira)