Tudo um dia esquecemos...
Parei de querer entender o que não tem explicação...
Desisti de pedir uma justificativa.
Deixei de alimentar o que não tem retorno.
Tive de lidar com a realidade e adquirir lucidez.
Tive que aceitar que nem tudo que queremos teremos.
E que há pessoas que não sabem ser verdadeiras...
Que a distância as vezes é necessária e o silêncio a melhor resposta.
Aprendi acolher a dor no meu colo e chorar com ela se necessário e ter a minha solidão como companheira...
Viver o luto necessário para dor que parece não ter fim passar.
Sobreviver e recomeçar, lembrar que tantas outras vezes na vida este processo foi necessário.
Entender o que a vida quer de mim com a lição que sempre se repete e deixa tudo bagunçado.
Por onde começar? Como por a ordem necessária para continuar sem tropeçar pelos caminhos...
Como tirar a sujeira do que já não serve...
Como desapegar de um passado que sabemos não tem futuro.
Como renascer em meio ao caos de uma história já sem sentido que teima em reproduzir os mesmos sentimentos e dores e mudar o ciclo de vida sem sentido...
Compromisso e coragem acordam comigo e aos poucos removem toda bagunça e ilusões desta alma em busca de paz.
(Ane Barros)