23 de mai. de 2022



“Eu tenho a minha história, o destino que carrego nos meus ombros. O passado de tudo o que já passei, as dores que me fizeram doer a alma, mas que me transformaram em tudo o que hoje sou.

As gargalhadas que dei quando a vida me deixou sem respostas e as bofetadas que levei quando eu me quis rir da vida. As lágrimas que chorei pelas desilusões e as ilusões que carreguei sem querer ver a verdade da vida.

A minha história é só minha, são as linhas que desenhei no percurso sinuoso da minha existência. Os caminhos onde procurei a esperança e as encruzilhadas em que não soube escolher a melhor rota a seguir.

Durante anos caminhei por esses trilhos, deixei que o mundo me tratassem com queria. Tomei decisões erradas e errei em tantas ocasiões. Não fui quem devia ser e deixei que me julgassem por quem não era.

Fiz tantas asneiras e dei tantos passos errados, escrevi nas páginas que outros já tinham escrito e deixei tantas páginas em branco.

Talvez tenha deixado uma história a meio, por me faltar a coragem de lutar por aquilo que sou e não pelos ideais que o mundo me impunha.

Por isso, deixei sonhos para trás e fui ultrapassada por sonhos que não fui capaz de segurar. Foi assim que construí a minha história e sou quem sou por minha culpa e não por culpa de outros.

Tenho o que tenho porque não lutei por mais e faltam-me tantas coisas por não ter sabido arriscar no momento certo.

Mas, a vida diz-me que ainda é tempo, que há muita coisa que ainda posso fazer, muitas realidades que posso inverter.

Afinal a vida ainda está nas minhas mãos e sou eu quem a pode decidir, basta-me apenas ter força de vontade para me fazer renascer...”

@angela caboz