3 de mar. de 2022



Desculpa. Eu não te quero. Têm coisas suas que não cabem na minha alegria como, por exemplo, tuas feridas tão antigas e as curas que eu fazia pra te consertar pro mundo, mas continuar com as minhas mãos vazias.

Desculpa eu desobedecer a demanda da tua angústia. Eu não quero mais ouvir, naquela passividade profunda de amante, tuas lamúrias, tuas escolhas equivocadas, teu emocional sempre tão confuso.

Eu só quero celebrar as minhas flores de dentro da forma mais adequada.

Eu não tenho mais tempo pra ser a pessoa certa na tua hora errada.

(Marla de Queiroz)
Do livro: Quando as palavras se abraçam