25 de set. de 2021



HOMENS... ASSIM SÃO AS MULHERES!

Nunca quis um marido, eu sempre quis um companheiro.

Eu nunca fiz questão de festa de casamento, de vestido de noiva e de um anel caríssimo de brilhantes.

Não é isso que faz a minha cabeça. Eu não preciso de um papel assinado para provar que sou sua mulher, faz-me sentir que sou a tua mulher, faz-me tua! E eu serei, sempre.

Tu podes colocar uma aliança de bambu no meu dedo, desde que seja com VERDADE, que ela não seja somente para mostrar o nosso compromisso ao mundo, que eu ficarei feliz se ela não tiver ouro mas tiver AMOR. E se tu a usares com felicidade e não por mera formalidade.

Eu tampouco quero exigir-te fidelidade pois creio que fidelidade e amor ninguém obriga nem agradece; quando existe um destes sentimentos muito forte, o outro complementa espontaneamente, sem obrigações, sem cobranças.

Eu dispenso a festa, se for para mostrar aos nossos amigos como estou feliz, quem me conhece não precisa disso e quem não me conhece não me importa… os meus amigos sabem que eu encontrei o amor, só pelo brilho nos meus olhos.

Nunca quis um marido para a cerimônia, sempre quis um companheiro que fizesse da nossa rotina uma grande alegria e da nossa cama uma festa.

Não me dês presentes caros, dá-me sorrisos!

Eu nunca quis um MARIDO para me acompanhar nos rituais natalícios e reuniões de família, sem a menor vontade, só porque PRECISA estar ali; eu sempre quis um parceiro, que mesmo no final do campeonato de futebol, com a sua equipe em campo, me dissesse “Vamos! Eu assisto ao jogo com os teus primos – adversários!”.

Percebes a diferença? Parceria pode ser absolutamente oposta ao casamento, mesmo que não devesse nunca ser assim.

Eu nunca quis passar o ano todo planeando um roteiro para os 7 dias corridos de férias no final do ano, porque eu não preciso passar o ano novo em Cancun, eu sempre quis um companheiro que me fosse pegar mais cedo no trabalho numa quinta-feira e que subíssemos a serra para passarmos 24 horas juntos…

Eu nunca quis um MARIDO que levasse a minha família para jantar no meu aniversário e me desse uma bolsa qualquer de presente, porque isso é o correto a se fazer.

Eu quero um companheiro que me deixe um bombom debaixo do travesseiro para quando eu chegar… que ligue para a minha família e diga “Venham aqui para casa!”, que não me faça declarações com um helicóptero mas que me diga, todos os dias, baixinho ao pé do ouvido, o quanto eu sou importante.

Eu quero um companheiro para produzirmos boas lembranças, para ser, um dia, aquela foto que dá saudade, de um momento rotineiro na varanda… um companheiro para depois do evento da firma perguntar “E agora, vamos esticar-nos aonde?”.

Eu não quero um marido que só fique à minha espera na sala do pronto socorro, eu sempre quis um companheiro que me fizesse um chá quando eu estivesse com gripe. Isso é cuidado, zelo, e casamento, infelizmente, às vezes é outra coisa.

Portanto, não te cases comigo apenas, mais do que isso: VIVE ao meu lado.

Eu não quero um marido para cumprir os protocolos; eu quero um companheiro, para quebrarmos todos eles!

Eu não quero um marido para envelhecer comigo; eu quero um COMPANHEIRO que me ajude a manter o meu espírito sempre jovem. Um companheiro que envelheça junto comigo e que ria dos meus cabelos brancos…

Eu sempre quis um companheiro que me levasse para a cama quando eu adormecesse no sofá.

Eu nunca quis um marido só para brindar; eu sempre quis um companheiro para abrir uma garrafa quando o dia tiver sido péssimo.

Eu nunca quis um marido para procriar. Para revezar as trocas de fraldas noturnas. Eu sempre quis um companheiro que entendesse o meu cansaço e que me oferecesse o ombro para descansar.

Não precisas fazer massagens tântricas nos meus pés, apenas deixa-me esticar as pernas por cima das tuas…

Eu nunca quis um MA-RI-DO para pagar todas as minhas contas. Eu sempre quis um companheiro para crescermos juntos.

Nunca quis um marido que me levasse para conhecer o mundo, apenas quis um companheiro para conquistarmos o mundo, para construirmos um mundo nosso. Para nos bastarmos num dia chuvoso. Para sermos felizes a comer macarrão com ovo! Para rirmos quando o dinheiro apertar… e para querer dividir não só o carro e a conta bancária, mas a alma, a vida e os medos quando a noite chegar; os abraços, o céu, as estrelas, no nosso espaço e por todas as galáxias… que me deixe ser o astro no seu sistema solar!

Mas não precisa ser eterno. Eu só quero que seja verdadeiro enquanto durar. E que esse durar, seja leve, enquanto eu respirar.

(Bruna Stamato)