Por que as relações esfriam? O que faz “perder a graça”? Por que cai na rotina?
Na verdade elas não esfriam. Elas se transformam. O fogo da paixão dá espaço ao carinho. A admiração não é mais pela beleza e o poder, mas sim pela essência.
Os jantares frequentes dão lugar a televisão e sofá. As demonstrações passam a ser pelos gestos.
Sabe aquela vez que ele te falou pra não esquecer do casaco ou te lembrou de algo importante? É o amor se manifestando em forma de cuidado.
Ninguém mais precisa encenar perfeição, o salto alto se transforma em pijama. Vão haver muitas desavenças.
O 'eu te amo' não é mais surpresa, mas ele é tão especial quanto foi da primeira vez.
O problema é que nem todo mundo tá preparado pra viver em território de construção, carinho e leveza.
Alguns não conseguem lidar com o “marasmo” que é estar bem ao lado de alguém. Que ironia né?
Escolher ter um companheiro é saber que os problemas do outro também importam. Que os abraços não podem deixar de existir.
Que atenção nunca é demais. Que os beijos ainda podem ser quentes. Que as mensagens e as surpresas sempre serão essenciais.
Que possamos aprender que quem escolhe construir junto, pode ser capaz de vencer qualquer mudança.
Basta querer. Muito.
Francisco Loverte