27 de nov. de 2019


MEDO DE ERRAR

Quando achamos que o que estamos fazendo é o certo, quando queremos acertar, ficamos obcecados com a necessidade de que as coisas corram bem. 
Essa obsessão, essa necessidade compulsiva do sucesso de cada iniciativa, trava a percepção correta da realidade.

O problema é o medo de errar. A busca incessante do sucesso é a força vital que se coloca na execução das tarefas para que «deem certo». O parâmetro unilateral do êxito não é mais do que a demonstração do medo, do pavor, da não aceitação arraigada do fenômeno do erro.

Errar é humano. Errar é vital. Errar é o que faz você crescer
e avançar. Se notar, logo depois do erro, manifesta-se uma crise
interior. Frustração, tristeza e mágoa são as palavras-chave.

Minha sugestão. Aproveitem essa tristeza. Não de raiva, não de culpa, mas, sim, de impotência. De ter atraído o erro e a respectiva consequência, de não ter sabido ou não ter podido evitar. Às vezes, são os outros que nos levam a errar, mas isso também faz parte do plano.

Aproveitem essa tristeza. Chorem. Façam o luto interior até o fim. Até o fim. Até o fim. Momentos de dor. Horas de dor. Às vezes, até dias de dor. Mas essa dor tem um fim. 

Quando acabar, o ser se conectou com a sua fonte divina de Luz. O que está mais dentro do homem. O seu verdadeiro «eu» em que residem todas as respostas. Só nessa hora a pessoa está pronta para recomeçar. Para mudar para melhor.

O que quer que faça agora, fará com o seu ser inteiro, profundo, sagrado. O que quer que faça agora, fará todo o sentido no plano
evolutivo. O que quer que faça agora, terá um perfil tão próprio,
tão original, tão autêntico que só poderá inovar, só poderá trazer outra Luz ao mundo.

Como você pode ver, foi o erro, a crise, a vivência de dor e a ação
subsequente que ditaram o avanço, a conexão com a força
evolutiva. Como pode ver, mesmo que a pessoa não consiga fazer um processo espiritual através da meditação, poderá fazê-lo
através do correto relacionamento com as suas emoções.

Como pode ver, o erro é útil e até aceitável. O erro é legítimo e, às vezes, até desejável. As pessoas que passam a vida racionalizando, ponderando e evitando errar, agem de acordo com o instituído — ou não agem de todo — e o mundo nunca mais avança.

Por isso Eu digo, cuidado com os julgamentos. Quando uma pessoa faz, diz ou pensa coisas improváveis, originais e não alinhadas com o pensamento corrente universal, antes de lhe por um «rótulo», antes de a julgar, pense se essa pessoa não estará conectada com o
seu eu profundo, com o seu eu sagrado e, em última análise, com o futuro da humanidade.

(Jesus)