Já não estou à espera de uma ocasião especial; queimo as melhores velas em dias normais.
Não estou mais à espera que a casa seja limpa; convivo com pessoas que entendem que até o pó é sagrado.
Não estou mais à espera que todos me compreendam, pois não é a tarefa deles.
Já não estou à espera das crianças perfeitas. Os meus filhos têm os seus próprios nomes que ardem tão intensamente como qualquer estrela.
Não estou mais à espera do momento de estar certa; o tempo é sempre agora.
Não estou mais à espera do companheiro que vai me completar; estou grata por ser tão calorosa e cheia de ternura.
Já não estou à espera de um momento calmo; o meu coração pode ser tranquilizado sempre que chamado.
Não estou mais à espera que o mundo esteja em paz, eu respiro a paz ao meu alcance, dentro e fora.
Não estou mais à espera de fazer algo grande, estar acordado e carregar o meu grão de areia é suficiente.
Já não estou à espera de ser reconhecida, sei que danço num círculo sagrado.
Já não estou à espera de perdão.
Eu acredito, eu acredito.
(Mary Anne Perrone)