27 de jul. de 2018




A prece é uma conversa com Deus e pode ser representada por um pedido, agradecimento ou reconhecimento da bondade divina. Geralmente, usamos a prece para pedir. No entanto, nem sempre o que nos parece necessário é o que realmente convém à nossa felicidade. 

Inútil pedir ao Senhor abreviar as nossas provas, nos dar alegrias ou riquezas. Peçamos, antes, os bens mais preciosos da paciência, da compreensão, da resignação e da fé. 

Há dois tipos de pessoas que não oram: as que não querem e as que não sabem. As que não sabem, muitas vezes, rezam mecanicamente, algo decorado que aprenderam na infância. Não compreendem que o valor da prece está no sentimento e não nas palavras utilizadas. 

Não existe oração poderosa, milagrosa. Então, por que as orações existem? Apenas como guias e roteiros para os que não conseguem, sozinhos, encontrar as palavras necessárias. 

Algumas pessoas sentem a necessidade de ter um texto para seguir. A Deus devemos nos dirigir com humildade e confiança. Isto é fundamental. Às vezes, por desespero, queremos uma solução imediata e não percebemos que a resposta pode estar no próprio problema. Por exemplo, pedimos a cura para uma doença, sem nos apercebermos que a enfermidade pode ser necessária para a nossa cura espiritual. 

O homem, geralmente, só vê o presente, mas se o sofrimento for útil para a sua felicidade futura ele virá ao seu encontro. O que Deus lhe concederá será a coragem, a paciência, a compreensão e a resignação para enfrentá-lo. E, ainda, os meios para se livrar das dificuldades. O esforço, entretanto, será sempre nosso. 

Precisamos transformar as preces em ação, trabalho, realização em favor da vida e do próximo.