4 de jan. de 2016



Às vezes nos afastamos de certas pessoas não porque somos insensíveis, mas porque somos sensíveis o suficiente... sensíveis o bastante para perceber claramente como nos fazem mal, como vibram negativo, como representam cargas que ninguém em perfeito juízo há de carregar... pessoas por quem tivemos maior carinho, mas que infelizmente nos magoam, entristecem nosso coração, nos decepcionam.

Certos afastamentos são simplesmente um recado bem dado... de quem sabe que a vida é linda, mas curta demais... pra ousar perder o precioso tempo com quem nunca soma, nada acrescenta, e pior... nos deixa de lado como se fossemos descartáveis.

Jamais aceitaria ser contestado quanto às relações de falsidade que estabelece com o outro. Já que tem sempre razão, e tudo e todos pensa controlar... cego está... principalmente sobre o que isso significa, em prejuízo, para ele mesmo... que acaba incapaz de realmente gostar, de fato se apegar... sem querer sempre algo em troca, sem ter sempre disfarçadas (ou escancaradas) segundas intenções...

Às vezes, o afastamento é a única saída para encontros equivocados; pois estarmos em pé, firmes, é a premissa básica pra enfrentar a vida... e deixar que nos suguem o chão, simplesmente para manter as aparências... sinceramente, é coisa que não se faz.

Enfim, quando deixar ir, for a mais sensata alternativa... que cada um tome seu rumo, por bem... sem mágoas nem rancores... tudo na santa paz.

Eu fiz a minha parte...

(Cris Bolsari)