4 de jun. de 2015


MENINOS DE RUA
- Mário Osny Rosa -

Vem da periferia,
Ficam no centro.
Sede do encontro,
Com muita ousadia.

O social vem fugindo,
Em ser responsável.
E nem mesmo agindo,
E nem sendo sociável.

Sentado cheirando,
Agachado comendo.
De pé conversando,
Quem sabe prevendo.

Ninguém está vendo,
Que país horrendo.
Meninos correndo,
Na rua sofrendo.

Vivendo na praça,
Sentado no banco.
Qual será o tranco.
Dessa desgraça.

Gente que passa,
Até acha graça.
Com essa massa,
De quem os faça.

Sempre tem um guia,
Que ensina a magia.
Lá vem a trombada,
Com mais uma tirada.

E no fim do dia,
Uma vantagem,
Com que imagem,
Isso é covardia.

Vítima saqueada,
Quem leva a bolada.
Escapa isolada,
Nunca é apanhada.

Pede comida,
Dorme na rua.
Grande ferida,
Não tem cura.