7 de mar. de 2015


O amor verdadeiro é tão difícil de encontrar como a própria sabedoria. Talvez, afinal de contas, este seja o objetivo da sabedoria, e talvez o amor seja algo que só pode ser obtido através da sabedoria...

O Carma, a lei da ação, regula este processo assim como regula todas as coisas. Um amor mais sábio não é obtido pela inação, nem é dado pelo capricho ou pelo acaso. Desrespeitar em nome do amor a integridade de outra pessoa, ainda que a outra pessoa não se oponha a isso e não veja a paralisação da sua própria vontade, é trair a fraternidade humana e negar a si mesmo o poder elevado do verdadeiro amor. Manchar ou tornar cega a compaixão, insistindo em que o amor deve ser homenageado, recompensado ou admirado, é selecionar para o futuro individual o sofrimento de uma paixão exigente. O amor, a fraternidade e a compaixão não podem ser ensinados, mas podem ser aprendidos.

Há uma impressão de que aqueles que estão “apaixonados” sabem pouco sobre o amor, simplesmente porque não podem ficar à parte e compreender que o amor é uma energia a ser dirigida conscientemente.

O amor, quando real, puro e profundo, tem sido para muitos uma antecipação da imortalidade, e, de certo modo, uma evidência de que há uma alma que não morre.

“O amor puro e divino não é apenas o fruto de um coração humano, mas tem sua origem na Eternidade. O amor espiritual e sagrado é imortal, e o Carma faz com que, cedo ou tarde, todos os que se amaram com afeto espiritual nasçam no mesmo grupo familiar. Nós dizemos novamente que o amor além da morte, ainda que possa ser chamado de ilusão, tem uma potência mágica e divina que reage sobre os vivos... Ele se manifesta nos seus sonhos, e frequentemente em vários acontecimentos - em proteção e fatos providenciais, porque o amor é um escudo forte, e não é limitado por espaço ou tempo.”

(Wagner Paulo da Silva.)