30 de nov. de 2014


Os que são destituídos de amor perdoam pouco, mas julgam muito; são frágeis para abraçar, mas fortes em excluir; são lentos em se doar, mas velozes em dar as costas. São, portanto, ótimos para conviver com máquinas, mas péssimos para se relacionar com seres humanos. E, como seres humanos ainda que não saibam, clamam pelo amor como sedento que, em terra seca, procura por água, mas desconhece sua fonte.

Quem não desenvolve o amor inteligente, não educa o seu “eu” para ser gestor da sua mente, tem medo de assumir sua insensatez e de reconhecer seus conflitos. Nega que está doente, nega que é um ser humano. Pune-se quando erra, tem a necessidade neurótica de estar sempre certo.

O amor inteligente fundamenta a saúde psíquica, amplia os horizontes intelectuais, liberta o imaginário, promove a arte de se interiorizar, refina a capacidade de observar. Quem ama constrói janelas lights nos solos conscientes e inconscientes da sua memória, que iluminam o “eu” como autor da história, realçam o princípio do prazer, alicerçam a autoestima, cristalizam a relação consigo mesmo e com os outros. O amor inteligente discursado pelo Mestre dos mestres.

O amor inteligente é concreto, estratégico, influenciador, relaxante e regado à generosidade. Esse amor foi propagandeado em prosa e verso pelo homem que mudou a história. “Amar o próximo como a ti mesmo” reflete a excelência do amor, um amor que ultrapassa os limites da religiosidade e entra nos terrenos mais sólidos da psiquiatria, psicologia, sociologia, filosofia e pedagogia.

O Mestre dos mestres parecia aos brados expressar: “Quem não tiver um caso de amor consigo, jamais amará profundamente as pessoas com as quais se relaciona”.

(Augusto Cury)