22 de out. de 2014


Em muitos momentos fugimos de nós mesmos, nos isentando de nos engajarmos nos desafios que, por experiência, já reconhecemos necessários ao nosso desenvolvimento.

Estranhamente nos refugiamos empoderando as vozes que falam contra, nos deprimem, valorizando as dificuldades, os empecilhos, ou aquelas que propõem entretenimento. Se distrair é muito mais fácil do que se concentrar.

Chamamos isto de discurso do medo. Ele ganha várias faces em acordo com os cenários da fuga de cada um. Sem perceber, nos apresentamos e convidamos tudo aquilo que desejamos evitar.

Fazemos isso no interesse de um conforto de pequena envergadura e proposição de vida.

Se fugimos muito, podemos chegar ao ponto de não nos amarmos ou ao perigo de desejarmos não ser quem somos ou viver.

Nossa liberdade reside em grande parte na disposição natural de convidarmos o desconhecido que habita em nós e no mundo, aí está a maior fonte de transformação e crescimento.

Sofremos quando reconhecemos que permanecemos para além do tempo os mesmos.

Mauro Buhler

Mauro Buhler é Terapeuta, criador do Circulo Aletheia e integrante da tradição do Beija-flor, ensina um caminho de cura e consciência que celebra a vida.