30 de set. de 2014

ALMAS SEM FÉ

Em carta você pergunta,
Meu caro Amigo (a),
de que modo almas sem fé
Costumam viver aqui.

Diz você “almas sem fé”
E a sua definição
Faz com que a gente medite
Nos assuntos tais quais são.

A você posso afirmar
De quanto agora conheço:
Cada qual, depois da morte,
Procura o próprio endereço.

Quem se dedica a elevar-se
No campo do dia a dia
Vive no Além pela fé
No trabalho as que servia.

Mas quem anda mundo afora,
Sem ideal ou sem crença,
Na Terra ou fora da Terra,
Está naquilo que pensa.

Nesse caso, vale pouco
A morte por nova estrada,
A mente em desequilíbrio
Continua alucinada.

Cornélio Pires por Chico Xavier 
‘Baú de Casos” IDEAL 1ª Ed. 1977