Das crenças populares nasceram os rituais de defesa energética. Inspire-se nas receitas desta reportagem e mantenha sua casa livre das negatividades sutis. No ritual de proteção da casa, escolha os elementos que lhe trazem paz e imprima fé neles. Dizem que colocar espada-de-são-jorge na porta de casa afasta o mau-olhado. Há quem acredite que um punhado de sal grosso em cada cômodo impeça as energias negativas de adentrar na morada. Para outros, rezar um pai-nosso com muita fé desintegra todo o mal que vem da rua. A verdade é uma só: as crenças dos muitos povos que se estabeleceram no Brasil, mas principalmente as dos índios e africanos, acabaram por gerar em nós uma brasilidade meio, digamos, curandeira. A tal ponto que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ligado ao Ministério da Cultura, reconheceu as benzedeiras de duas cidades de Santa Catarina como patrimônio imaterial da cultura. Acreditamos que os sistemas de segurança, como grades e câmeras, podem assegurar nossa casa, mas não perdemos de vista os poderes de defesa energética de ervas, pedras, cristais, defumações e de uma reza bem feita. “O brasileiro é muito religioso. Faz parte de nossa cultura criar rituais simbólicos com esses elementos para entrarmos em contato com o espiritual”, explica o xamã Alexandre Meireles, de São Paulo. Como o lar é nosso abrigo, o lugar de comunhão familiar, descanso e meditação, tão importante quanto sua saúde física é a que rege o universo das energias. “As brigas, as preocupações, os pensamentos negativos e as coisas ruins que trazemos da rua podem desestabilizá-lo”, explica Silvana Occhialini, presidente do Instituto Brasileiro de Feng Shui. Para fazer uma boa limpeza e garantir proteção espiritual, convidamos cinco profissionais, de crenças diversas, a revelarem suas pérolas curadoras da casa, exibidas nas próximas páginas. “Não é preciso que alguém as faça por você. Acesse sua centelha divina, encontre a força que vem do coração e coloque nesses rituais a intenção que deseja”, recomenda a erveira paraense dona Coló. Se sentir vontade de modificar os rituais propostos, siga sua intuição.
O que vale é sua fé.
O que vale é sua fé.
(Keila Bis)