PAZ
À medida que paramos de encontrar falhas em nossa experiência e começamos a aceitá-la e trabalharmos com ela, encontramos que estamos conseguindo exatamente o que precisamos. Aprendemos a ver além das aparências. Quanto mais aceitamos a vida e nos entregamos a ela, mais harmônica sentimos nossa experiência. E encontramos uma facilidade crescente para induzir uma atitude positiva a ela. Isto resulta em menos luta e maior felicidade.
Da minha maneira, eu descobri o princípio do “pensamento é criativo”. A maneira como olho a qualquer coisa, influencia o modo que eu a experimento e o que eu atraio para mim no futuro. Se paro de resistir e lutar, a vida fica mais fácil. Eventos que apoiam a minha vida começam a ocorrer naturalmente. Eu não tenho que tentar fazê-los acontecer.
Por aceitar e cooperar com o que é, começo a experienciar o meu próprio poder criativo. Eu começo a pensar, a querer, a criar “com Deus”, ao invés de separado Dele.
Eu assumo responsabilidade por minha própria felicidade, momento a momento, e paro de buscá-la fora de mim. Isto muda minha experiência. Eu vou do buscar no externo, para o encontrar dentro. E quando eu encontro dentro, eu vejo aquilo espelhado em minha vida.
A verdade é que eu posso mudar minha experiência. Mas, isto começa com uma mudança na minha própria percepção. Portanto, nunca pode ser mecânica. Meu coração tem que estar nisso, ou não terei poder para mudar qualquer condição externa em minha vida. O trabalho interior sempre vem antes.
A lei da graça opera de dentro para fora. À medida que as mudanças acontecem na maneira que eu assumo minha experiência, ela começa a mudar.
Quando paramos de tentar mudar nossa experiência e a aceitamos, a fluência de graça começa. A aceitação diz a Deus: Eu aceito a realidade que se apresenta, mesmo quando ela aparenta ser assustadora ou escura. Eu me abro à sabedoria interior que ela me brinda. Eu abro a mim mesmo ao aprofundamento da minha capacidade de amar e cuidar.
Eu não afasto minha experiência apenas porque ela se mostra de uma maneira diferente daquela que eu esperava. Quando ela se mostra dessa maneira, eu respiro profundamente, abandono minhas expectativas, e tento abraçar o que está acontecendo. Eu sei que meu trabalho é abraçar tudo que acontece comigo. E quanto mais difícil for para mim abraçar algo, mais profundamente eu aprenderei com isso.
Eu aprendo a parar de resistir e a entregar-me à vida. Eu paro de desconfiar e começo a confiar. Fazendo isso, eu mudo minha consciência. E, à medida que minha consciência muda, também muda a realidade externa que a reflete.
Eu nunca sei como a realidade externa mudará.Tenho que continuar entregando minhas exigências e expectativas. Este é um processo perpétuo. A entrega não acontece apenas uma ou duas vezes. Acontece continuamente, dia a dia, hora a hora, momento a momento.
O externo se alinha com o interno. Esta é uma lei espiritual. É a lei da graça. Mas ela não pode ser medida. Não pode ser descrita precisamente. Não pode transformar-se em uma tecnologia de transformação.
Consciência é poesia em movimento. É uma dança da forma, incorporada por um momento e então, vazia novamente. Ela nasce, muda a forma, desaparece e reaparece. É divertida, espontânea e sempre nova. Você precisa estar no momento para vê-la ou apreciá-la. Não tem nada que ver com o passado ou o futuro.
Compreender qual é a nossa responsabilidade na vida é o convite à dança. O resto é prática: a dança em si mesmo... dançar com o ser, com o outro, com a vida desabrochando e com o Deus que vive em nosso coração e na nossa mente.
- PAUL FERRINI -