3 de dez. de 2013



O homem moderno é o primeiro em toda a história que não tem uma ideia do sagrado, que vive uma vida muito mundana. Ele está interessado em dinheiro, poder, prestígio, e acha que isso é tudo. É uma noção muito estúpida.

Sua vida é repleta de coisas pequenas, muito pequenas. Ele não tem ideia de coisa alguma maior que ele mesmo. Negou Deus, disse que Deus está morto. Negou a vida após a morte, negou a vida interior.

Ele só acredita em negar o centro; por isso, vemos tédio em toda parte. Isso é natural, porque, sem algo maior com que você possa se identificar, sua vida vai ser entediante, chata.

Uma vida só se torna uma dança quando é uma aventura. E só pode se tornar uma aventura quando há algo maior que você para ir atrás, para alcançar.

O sagrado significa simplesmente que nós não somos o fim, que somos apenas uma passagem, que nem tudo já aconteceu, muito ainda está por vir.

A semente tem de se tornar um broto, o broto tem de se tornar uma árvore, e essa árvore tem de esperar pela primavera e tem de se abrir em milhares de flores e lançar sua alma no cosmos. Só então haverá realização.

o sagrado não está longe, só temos de começar a procurá-lo. No início tateamos no escuro, é claro, mas logo as coisas começam a entrar em sintonia, logo passamos a vislumbrar o além, uma música inaudível vai chegando ao nosso coração.

Ela agita nosso ser, começa a nos dar uma nova cor, uma nova alegria, uma nova vida.

Osho, em "Meditações Para o Dia"