14 de set. de 2013
Existe uma sabedoria à nossa disposição, que pode ser difícil de compreender, a menos que estejamos preparados para deixar de lado nossa mentalidade habitual e observar as coisas sob um novo ângulo. Com certeza a paz – tanto interior quanto exterior – é o nosso objetivo final, mas o caminho para ela pode envolver alguns momentos nada pacíficos e discórdia profunda. Se dermos as costas a eles, não querendo encará-los nem assumir a responsabilidade pela parte que nos toca em sua perpetuação, nunca vivenciaremos a verdadeira paz, que é um estado de descanso que contém tudo e, ao mesmo tempo, permanece inteiro e completo.
Hoje os Céus nos dizem que a paz não é a ausência de conflito, mas a capacidade de acolher o conflito e ainda conhecer a verdade; é um estado de ser no qual podemos agir quando necessário, proclamar o que sabemos ser verdadeiro, e ainda manter uma mente clara e um coração aberto.
A paz não depende de outras pessoas mudarem seus comportamentos, mas de nós mesmos encontrarmos aquele espaço interior que é alimentado diretamente pelo Divino e vive num estado de conhecimento profundo e consciência clara, independentemente do que estiver acontecendo ao nosso redor.
E no caminho para chegarmos e permanecermos nesse local, seremos testados repetidas vezes pelo conflito, a discórdia, o desafio e a luta. É deste jeito que a paz se estabelece no coração humano – encontrando justamente aquelas coisas que ameaçam destruí-la e continuando a existir apesar de todas elas.
Nós agora nos encontramos num momento em que a discórdia é abundante, tanto interna quanto externamente, tanto numa escala pessoal quanto global. Mas isto não é um sinal de que alguma coisa tenha dado tremendamente errado. Pelo contrário, é uma oportunidade para olharmos o conflito nos olhos e conhecê-lo em seu âmago, pois, ao fazermos isto, poderão surgir a sabedoria e o discernimento que servirão para nutrir a paz interior e a exterior.
Chegamos numa época de avaliação neste planeta. Estamos sendo desafiados a defender firmemente a nossa causa, declarar nosso comprometimento com um mundo novo e uma nova era; e não com a perpetuação do mundo velho, desgastado e movido pelo ego.
Mas para que possamos honrar esse compromisso, seremos testados e teremos que superar alguns obstáculos, porque sem essas coisas para nos fortalecerem, nossa paz interior não será nada além do prazer diante da facilidade. E quem não se sente feliz em um jardim de rosas? O que precisamos é ser felizes mesmo num canteiro de espinhos, ser pacíficos num furacão e concentrados diante de uma tempestade.
É para isso que os Céus apontam hoje – para uma tempestade se preparando, uma nuvem escura no horizonte. Mas não é para fugirmos dela, mas para caminharmos em direção a ela com coração aberto e disposição para reconhecer que essa tempestade é nossa tanto quanto de qualquer outra pessoa, e cada um de nós tem uma função a desempenhar para acalmá-la.
Descobriremos essa função ao entrarmos nela, permitindo que nos fortaleça, colocando ferro em nossa alma e aprofundando as raízes da nossa calma interior e exterior. Nenhum desafio é sem sentido no caminho da alma, pois cada um deles fertiliza o potencial para a paz duradoura diante de tudo o que ameaça destruí-la. E a paz duradoura é a única que vale a pena a longo prazo.
Ao crescimento da paz dentro e fora de todos nós em todos os lugares!
(Sarah Varcas)
Fonte: http://astro-awakenings.co.uk/11th-september-2013-venus-in-scorpio