Maria Sol de Amor Eterno!
De que estrela tu vieste, anjo desterrado para esse planeta de dor?
E trouxestes contigo em teus olhos luminosos um pedacinho de céu azul!
E pusestes no clarão do amanhecer a ternura de todos os anjos,
O encanto de todos os encantos, todas as cores das joias celestiais!
O vento dolente que murmura paz é a oração da doce Maria!
A beleza do desabrochar das rosas foi tirada do coração da mãe Divina!
O carinho do vento morno das tardes estivais é bênção da Virgem Mãe!
A imensurável doçura deste anjo de luz reflete na paz do por do sol!
Maria! Anjo de muitas dores, quem pode medir a imensidão do teu amor?
E o cantarolar dos pássaros ébrios de ternura é a candura de Maria,
A ecoar nos bosques verdejantes no raiar do sol do amanhecer!
E quem pode sentir em sua totalidade a Infinita compaixão de Maria?
Se teu coração padece de muitos desenganos e tuas lágrimas banham
Tua face esmaecida pelo ardente deserto de uma vida solitária,
Busca o doce coração de Maria. Ela sorverá a tua dor, e arrancará,
Os espinhos que te ferem e os transformarão em carícias de bondade!
E tua dirás: Piedade Mãe Divina desse pobre e triste pecador,
Que não suporta mais as agruras que dilaceram minha alma desiludida!
E a compaixão virá em passos tão silenciosos que não podes nem sentir,
Enchendo tua alma triste, de luz de sol, carícia e calor, visão de Amor!
(Ismael de Almeida)