27 de mar. de 2013

Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra
de Menezes qual foi a sua maior
felicidade, quando chegou ao
plano espiritual. Ele respondeu-me:
- Minha maior felicidade, meu
filho foi quando Celina, a
mensageira de Maria Santíssima,
se aproximou do leito em que eu
ainda estava dormindo e,
tocando-me falou, suavemente:
- Bezerra, acorde, Bezerra!
Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.
- Minha filha é você, Celina?!
- Sim, sou eu, meu amigo. A mãe
de Jesus pediu-me que lhe
dissesse que você já se encontra
na Vida Maior, havendo
atravessado a porta da imortalidade. 
Agora Bezerra, desperte feliz.
Chegaram os meus familiares, os
companheiros queridos das
hostes espíritas que me vinham saudar.
Mas, eu ouvia um murmúrio, que
me parecia vir de fora. Então,
Celina me disse:
- Venha ver, Bezerra.
Ajudando-me a erguer-me do
leito, amparou-me até uma
sacada, e eu vi, meu filho, uma
multidão que me acenava, com
ternura e lágrimas nos olhos.
- Quem são, Celina? - perguntei-
lhe. Não conheço ninguém. 
Quem são?
- São aqueles a quem você
consolou, sem nunca perguntar-
lhes o nome. São aqueles
espíritos atormentados que
chegaram às sessões mediúnicas e
a sua palavra caiu sobre eles
como bálsamo numa ferida em
chaga viva; são os esquecidos da
Terra, os destroçados do mundo,
a quem você estimulou e guiou.
São eles que o vêm saudar no
pórtico da eternidade. . .
E o Dr. Bezerra concluiu:
- A felicidade sem limites existe,
meu filho, como decorrência do
bem que fazemos, das lágrimas
que enxugamos, das palavras que
semeamos no caminho, para
atapetar a senda que um dia
percorreremos.