3 de fev. de 2013

Você e o Universo


por Flávio Bastos 

"A coisa mais perfeita que podemos experimentar é o misterioso. 
É a fonte de toda a arte e de toda a ciência verdadeira". 
(Albert Einstein)

Energia psíquica, pensamento, aura, bionergia, magnetismo, entre outras, são denominações que usamos para definir aquilo que nos liga à vida, ou seja, o elo de ligação entre o ego representado pela nossa fisicalidade e a energia imaterial que geramos e emanamos ao universo.

Seja a denominação que for, a energia que liberamos e pela qual somos identificados no universo, é uma síntese de nosso pensamento-escolha, isto é, o resultado energético de nossas decisões de vida conforme orientação do livre-arbítrio.

Neste âmbito de invisibilidade aos olhos humanos, os sentimentos ou pensamentos que emitimos em forma de energia, repercutem e retornam a nós conforme as intenções no ato da emissão.

Voluntária ou involuntariamente, liberamos ao universo energias densas ou sutis. Pensamentos impregnados de energias deletérias ou curativas que identificam o nosso nível consciencial através de nossa frequência vibratória ou aura, o campo energético que envolve o corpo físico de cada ser dotado de inteligência.

Na dinâmica universal, somos apenas pontos luminosos de referência e padrões energéticos que correspondem à mecânica da vida individualizada, mas que soma no sentido coletivo e se identifica conforme a intencionalidade do pensamento.

Portanto, tudo que emitimos em forma de pensamento-escolha retorna ao seu ponto de origem, sejam pensamentos de ódio e vingança ou de amor e gratidão, entre outros.

Esta síntese energética nos identifica diante do universo e implica na qualidade de vida do indivíduo, dos grupos familiar, social e profissional, aos quais ele faz parte, e também no enorme agrupamento humano chamado "humanidade", que é a síntese dos pensamentos-escolhas emitidos por todos os seres inteligentes do planeta Terra.

No entanto, o sentido individualista pelo qual percebemos a vida através da ótica materialista, impregnado de condicionamentos da cultura ocidental, cria uma barreira perceptiva que impede uma melhor compreensão deste contexto no qual transitam nossos pensamentos, sentimentos, emoções e intensões do dia a dia de nossas vidas. Não "visualizamos" o fato de sermos indivíduos inseridos numa contextualidade e sincronicidade que nos leva à unicidade, ou melhor, à Fonte de energia universal.

O pensamento pode representar a flecha lançada ou o raio de luz que retornam ao seu ponto de partida. O pensamento-escolha pertence ao âmbito de responsabilidade individual e coletiva do ser humano, porque o nível de energia que emitimos é o que plasmamos para a nossa realidade individual, sintonizada com a energia planetária, que como afirmamos anteriormente, é a síntese da emissão coletiva de pensamentos.

Nesta direção, despertar para a autorresponsabilidade e responsabilidade social em relação à melhoria da qualidade de vida de todos, passa pelo processo de conscientização de que devemos, aos poucos, depurar o nosso pensamento através de emissões energéticas elevadas, como a gratidão e o perdão, entre tantas opções que temos pela prática meditativa ou da prece espontânea direcionada à Fonte de amor, verdade, justiça e sabedoria do universo. Ou simplesmente, por intermédio da prática da caridade ou do pensamento elevado a Jesus Cristo, nosso exemplo maior e iluminado caminho.

Quando Mahatma Gandhi disse: "Comece em você a transformação que deseja ver no mundo", ele referiu-se ao padrão energético da humanidade que precisa ser alterado através de iniciativas individuais e não por intermédio de revoluções sangrentas que ajudam a manter o modelo que nos acompanha há milênios.

Neste sentido, do individual chegamos ao coletivo, pois cada iniciativa, independentemente de sua intenção, tem um retorno proporcional superior ao que matematicamente imaginamos. São as leis da vida que ainda desconhecemos, inseridas nas leis universais impregnadas de energia que tramitam no tempo-espaço entre a ordem e o caos, ou entre o equilíbrio e o desequilíbrio.

Nesta lógica, você é o universo e o universo é você, que existe de uma forma interdependente com os semelhantes e demais seres vivos da natureza. Esta é a lógica da responsabilidade universal que expande a nossa consciência através do princípio emissor: o pensamento humano elevado. Momento cósmico em que a Nova Era nos convida a sermos os agentes de mudança do nosso próprio modelo energético.