27 de dez. de 2012

Nos caminhos por onde andei

Nos caminhos por onde andei
o medo reinava, 
mas a confiança na providência divina 
me fazia prosseguir.

Nos caminhos por onde andei
gritos ecoavam a todo instante, 
mas a serenidade interna me protegia.

Nos caminhos por onde andei
o sofrimento era visível, 
mas a misericórdia divina sempre 
se fazia presente na hora certa.

Nos caminhos por onde andei
vi muitas lágrimas, 
mas presenciei inúmeros 
missionários levando consolo.

Nos caminhos por onde andei
o desespero reinava, 
mas o amparo nunca tardava.

Nos caminhos por onde andei
as feridas ainda doíam, 
mas quando a prece era sincera, 
a luz trazia a cura.

Nos caminhos por onde andei
o perdão havia sido esquecido, 
mas quando semeado, crescia forte 
e libertava a todos da prisão.

Nos caminhos por onde andei
a amizade não existia, 
mas mesmo assim, a fraternidade 
sempre surpreendia.

Nos caminhos por onde andei
a escuridão era forte, 
mas a claridade chegava em caravanas.

Nos caminhos por onde andei
o tempo parecia ter parado, 
mas a evolução espiritual continuava, 
mesmo que lentamente.

Nos caminhos por onde andei
não havia flores, mas pequenos gestos de caridade, 
enfeitavam e perfumavam o ambiente.

Nos caminhos por onde andei
as intrigas eram constantes, 
mas a esperança mostrava que era possível 
vencer qualquer adversidade.

Nos caminhos por onde andei
os espinhos machucavam o corpo, 
mas o esforço no bem, a tudo cicatrizava.

Nos caminhos por onde andei
não havia sol, mas a tempestade se ia 
quando o amor começava a brotar.

Nos caminhos por onde andei
os fantasmas eram vários, 
mas com perseverança, eles eram vencidos.

Nos caminhos por onde andei
o chão faltava em muitos momentos, 
mas quando a sinceridade surgia no coração,
mãos se estendiam para ajudar.

Nos caminhos por onde andei
a dúvida era constante, 
mas com paciência e trabalho a resposta vinha.

Nos caminhos por onde andei
a alegria não era conhecida, 
mas com humildade ela era apresentada.

Nos caminhos por onde andei
a loucura parecia sem fim, 
mas com afeto, a serenidade voltava.

Nos caminhos por onde andei
o desamparo era total, 
mas quando a fé se fazia verdadeira, 
a percepção do Pai a nos amparar se fazia notar.

Sim, o Pai jamais nos desampara.
Não importa os caminhos trilhados. 
Se sejam caminhos de dor ou de alegria. 
De resgate ou de compensação. 

Todos os caminhos nos levam a Deus.
E em cada passo dado, 
o Pai sempre estará ao nosso lado.

Seja entre as trevas ou entre o céu.
Jamais estaremos desamparados. 
Basta termos fé.... 

Livro: 
"E a vida se renova" 
de Sônia Carvalho