18 de abr. de 2012

A superfície é tempo; a profundidade, Eternidade.

Na superfície temos reuniões, compromissos, agendas, relógios e calendários.

Na profundidade encontramos o Silêncio, as Bem-aventuranças, a Serenidade.

Na superfície temos cada novo amanhecer, os meses de fevereiro, agosto e abril.

Na profundidade temos o verdadeiro nascer do Dia, no nosso coração, na nossa alma, na nossa mente.

“Como poder-se-ia chegar à pérola olhando simplesmente o mar? É preciso um mergulhador para encontrar a pérola.”
(Jalaludin Rumi)

“Um mergulhador que só pensa em tubarões jamais terá pérolas em suas mãos. Quem deseja segurança, melhor permanecer na praia. Quem busca tesouros, precisa mergulhar no Oceano.” (Saadi de Shiraz)

O místico medieval Angelus Silésius nos recorda:
"O homem tem duas visões. Com uma visão, ele vê as coisas que passam no tempo; com a outra, ele vê o que é eterno e divino.”

Uma visão retém o tempo-espaço fugidio; enquanto a outra nos convoca a ver o mundo de outro jeito. Olhar tanto que se chegue a ver o invisível. Até que o olho, enfim, esteja nu. E que a ele se revele o quanto de espiritual existe no material...

Devemos recordar que o tempo presente não é apenas dádiva, mas também um desafio a ser ombreado, um problema a ser resolvido.

Tudo tem consequências e desdobramentos, tudo frutifica, tudo tem um peso e um sentido.

Há 2.012 anos, o incomparável Mestre nos ensinou:
“A candeia do corpo é o olho. Assim, se o teu olho for simples e bom, e perfeito, também o teu corpo será luminoso, podendo receber a luz e empregá-la.” (Jesus Cristo)

“A candeia do corpo é o olho. O que significa cuidar dos olhos, cultivar um coração puro, uma alma sã?"

“Tua vista te é por Mim confiada; não permitas que o pó dos desejos vãos lhe anuvie o brilho...”

“Teu coração é Meu tesouro; não permitas que a mão traiçoeira do ego te roube as pérolas que nele entesourei.” (Bahá’u’lláh)