5 de mar. de 2012

Evidência Pessoal

Cada degrau de ascensão que logres, mais te exporá a críticas e ciúmes.

Os indivíduos medíocres vibram na mesma faixa de necessidade e de aspirações. Porque se confundem na vacuidade, não toleram aqueles que se destacam e granjeiam notoriedade.

A evidência financeira, social, cultural, ou de qualquer matiz, faz-se pesado fardo sobre os ombros de quem a conquista.

A inveja dos frívolos segue-lhe os passos, intentando diminuir-lhe o brilho e armando ciladas sob o amparo da calúnia bem trabalhada.

Todos os homens que se destacam, na comunidade, são convidados a pagar alto tributo aos que permanecem na retaguarda.

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Procura agir com modéstia, sem te deixares empolgar pelo brilho das situações relevantes, poupando-te, de certo modo, ao azedume e à perseguição dos insensatos.

Age com naturalidade, sendo sóbrio em tudo.

Os homens que muito exibem, quase sempre possuem pouco.

As ações sóbrias dão paz ao espírito e alimentam o coração.

Não te procures sobrecarregar com o supérfluo que os destaques humanos impõem, a fim de que isto não te perturbe a vida.

Se atrais, mesmo inconscientemente, a inveja dos enfermos, receberás altas cargas de energia negativa, que te poderão alcançar.

Teus atos bons não necessitam de ser conhecidos, para que se façam comentados e adquiram valor. Eles são valiosos, embora desconhecidos.

Descarta, portanto, quanto possível, a evidência pessoal, e quando as circunstâncias o exijam, não lhe vistas a pesada e fulgurante indumentária, mantendo-te simples e puro de coração, mediante o que permanecerás feliz e sem amarras com a transitoriedade das situações.

Divaldo P. Franco.
Do livro: Episódios Diários - Joanna de Ângelis