Quanta alegria... ele está vivo!!!
Criei-o desde pequeno... frágil e forte ao mesmo tempo.
Em minha clausura dei-lhe a alma...
Os grilhões, contudo, não me permitiram vagar pelos ares com ele.
Não podia alçar os vôos de que ele precisava
O final estava ali...
Certo dia voou, meu pássaro, para plagas distantes,
em busca de vida livre que lhe era inerente.
É compreensível que assim fosse. Perdi-o!
Hoje meu pássaro voltou, lindo, cantador e cheio de beleza
que colhera em sua caminhada...
Fiquei feliz em vê-lo!
Quanta felicidade!...
Quanto vigor!
Era o MEU PÁSSARO!!!
Fiquei triste ao vê-lo, quanto egoísmo da minha parte!
Quanta alegria sofrida!...
Sei que minha cela não mais o prenderá.
Sei que minha prisão não mais será compartilhada.
Perecerei com minha solidão...
Como dói sabê-lo livre!
Como sou feliz vê-lo assim!
Vai meu pássaro, voa para seu habitat natural...
A natureza foi feita para você.
Alces vôo cada vez mais alto!
De minha clausura estarei orando...
Perdoe-me as lágrimas!!!
autoria: Vadiberto Loureiro