26 de set. de 2011

Pense...

Pense…
e dos desafetos dessa vida, faça um buquê de lições,
das tristezas mais marcantes, um arranjo de saudade,
das desilusões porvocadas pelos outros,
uma coroa de esquecimento.

Dos sentimentos que sofreram o abalo do tempo,
um maço de cravos perfumados,
e de tudo o que viveu até aqui,
faça um jardim de sentimentos,
guardados apenas pela fechadura do amor,
que tudo perdoa, tudo releva,
com a vantagem, de não precisar de vigia na porta,
pois o amor, tudo convence,
tudo guarda…

Pense…
o amor sempre vale a pena,
ainda que a alma aflita por sofrimentos do passado,
se agite em mil pensamentos de derrota, de medo e dor,
ainda assim, nada é mais misericordioso
e libertador que o amor…

Pense…
Doe o seu melhor!
No trânsito, no ônibus, nas ruas,
nas favelas ou nas mansões,
por baixo de tudo ou por “cima da carne-seca”,
rindo muito ou chorando feito criança,
a vida é uma música, uma dança,
que nos convida para um baile que nunca se repete,
nada, nenhum dia é igual, só o seu pensamento,
se estiver parado no tempo,
esse sim, será sempre o mesmo…
que pena!

Pense!
Viva a vida que nos convida,
viva o tempo de vencer a dor,
viva a possibilidade de um novo tempo,
viva um novo amor, ainda que seja o mesmo de sempre,
com nova vida e nova cor.

[Paulo Roberto Gaefke]