E de repente...
Um doente se curou
Alguém perdoou ou pediu perdão
Alguém abriu os braços, estendeu as mãos.
E de repente...
Uma mãe enlutada encontrou consolação
Um órfão obteve a adoção
E no asilo houve visitas para o ancião.
E de repente...
Uma fera humana retraiu as garras
Um arrogante considerou a humildade
Um avarento doou com generosidade.
E de repente...
Um talento escondido aflorou
A divina singularidade se expressou
E a beleza se fez com majestade.
E de repente...
Um triste deparou-se com a alegria
Um faminto obteve o pão
E o aflito encontrou a solução.
E de repente...
Reconheceu-se um inocente
No cárcere um culpado converteu-se
E alhures, alguém superou um vício.
E de repente...
Um trabalhador abençoou o ofício
Um desempregado achou colocação
Um lar reafirmou-se na união.
E de repente...
Fez-se paz e luz por toda a Terra
E qual gigantesca onda, tudo permeou
E o "Verbo" por toda parte ressoou.
Foi um instante fugidio, clarão de um segundo.
É que neste átomo de tempo abençoado
Alguém em alguma parte do mundo
Abriu a alma para Deus com sinceridade...
E OROU!
Fátima Irene Pinto