É aquele jeitinho jeitoso que a gente sente quando nossa mãe nos pega no colo e nos cobre de carinho.
É aquele jeitinho gostoso de ter alguém que nos ouve com paciência, e nunca dá sinal de estar se cansando com a conversa da gente.
É o jeito feliz que domina a gente quando, com jeito, tratamos de um passarinho machucado.
Ou damos comida a um gatinho assustado...
Ou acalmamos um potrinho assustado.
O amor surge nas horas mais inesperadas.
No breve momento em que descobrimos, em silêncio, uma simples coisa bonita ou quando olhamos um pássaro sumir no alto do céu atrás de um azul mais puro...
Quando vemos uma flor solitária que ninguém mais soube ver...
Ou quando, achamos um cantinho calmo, bem a jeito da gente, e aí ficamos pensando.
O amor começa pelas coisas mais pequenas:
Pode começar no dia em que, pela primeira vez, fazemos confidências a alguém...
Ou quando a gente ajuda a quem precisa de nós.
Também começa o amor quando, mesmo sem palavras, sabe alguém que sentimentos está outro alguém sentindo.
O amor vem devagar e, no entanto, de repente que a gente o sente chegar.
Já não estamos mais sozinhos e em nós já não há tristeza nenhuma.
O amor é um sentimento feliz que fica no coração por toda a vida.
Texto: Joan Walsh Anglund