Páro... olho o vazio...
O mundo corre diante de meus olhos
Tanta gente passa apressada...
E sinto um vazio n’alma...
Uma solidão sepulcral.
Pessoas passam...
Passam... cada qual com seu destino
Passam rápido, se entreolham apenas...
E vão adiante!
Olho prá dentro de mim...
E nada vejo...
Cadê o que construí durante a vida?
Será o nada?
Foi ilusão apenas?
Sinto que corri muito...
Mas de que adiantou
Se concluo que foi em sentido de círculo?
Por isso hoje me vejo no ponto inicial...
Construo um castelo
E ele desaba...
Junto aos entulhos...
Caminho na lembrança
E o reconstruo...
Novamente o vejo no chão...
Agora cansada chuto os cacos
E nada mais faço...
Nada quero aqui neste lugar...
Nada planejo...
Parece que vejo o fim da linha
Sem opção... sem direção...
Como bússola quebrada.
Sinto um imenso vazio
Acho que é isto a solidão
Solidão dos viventes
Que nada mais sonha
Que nada mais almeja
Apenas olhar a vida passar...
Deponho minhas armas...
Cansei da batalha
E sinto saudades... de mim
E não me acho...
Descubro então
Que me perdi de mim...
Talvez para sempre...
Me levanto da mesa de bar
Deixo meu copo vazio
E sigo sem rumo...caminhando
Eu e a solidão
Sem rumo...
Mas sou guerreira...
E filha do Pai
Cadê você?... eu pergunto
Escuto dentro de mim
Uma voz dizendo: “- Vá...
Amanhã é outro dia
Estarei contigo..."
E sigo...
Já não me sinto só...
T.S.A