CHEGUE NA PAZ

10 de dez. de 2013


Há ainda debates, até nestes dias, a respeito do que são os “padrões climáticos normais”, e o que cruzou a linha para a irreversibilidade climática. Há debates, e há entre muitos ainda, uma sensação de que uma grave mudança climática está “bem aí”. Em algum outro lugar. Isto, é claro, não é mais verdade para os muitos que experienciaram os desastres naturais e as tragédias pessoais, devido a padrões climáticos imprevisíveis e instáveis e os seus efeitos.

A nossa capacidade de negação não nos permite ver e saber o que está acontecendo, até quando o estamos experienciando. E, no entanto, podemos observar as tendências. Podemos ouvir e escutar a voz da Terra. E podemos saber quando as coisas estão diferentes. Sabemos, e muitas vezes não nos permitimos saber, pois o desejo pelo conforto nos leva a perguntar: ”Por que não aproveitarmos o clima mais quente quando ele está aqui? Por que não apreciarmos a chuva que cai em uma paisagem anteriormente seca? Por que não curtirmos os dias ensolarados que são mais frequentes em um céu nublado normalmente?”

Há uma resposta a estas questões que é mais ampla do que as outras. Uma resposta que fala destas mudanças. É que “Eu sou Você”. Para cada pássaro que canta no quintal quando a Primavera chega mais cedo, alguém, em algum lugar, está perdendo os seus meios de subsistência, porque os peixes estão desaparecendo. Para cada gota de chuva que resfria uma terra que esteve caracteristicamente seca em um momento particular do ano, alguns recifes no fundo do oceano estão perdendo os seus habitantes. Para cada sorriso de cada banhista que se senta ao ar livre, em um dia quente de inverno, completamente imerso na luz do sol, alguém, em algum lugar, está reunindo os seus pertences e se mudando para outra cidade, ou município, porque não há mais trabalho que o mar uma vez proporcionou. Isto é especialmente verdadeiro em aldeias costeiras, em locais como Timor, Nova Guiné e em outros lugares.

Não sabemos quantas vidas estão sendo afetadas pelas mudanças climáticas, devido ao aquecimento global. Não sabemos quantas noites de ansiedade estão sendo gastas, imaginando como fornecer o alimento para uma família, agora que o peixe, os caranguejos, os mexilhões, ou as algas não mais estão prosperando em colônias. Sabemos apenas que temos uma escolha se vamos aproveitar o calor, o sol, a chuva para nós mesmos, ou se sentimos o impacto na Terra e em seu povo – em nosso povo – o impacto do que está acontecendo.

Quando alguém diz nos climas do norte: “É apenas meados de Março e os pássaros estão cantando.”, referindo-se a um lugar onde isto normalmente não ocorre, até, pelo menos, um mês depois. Lembrem-se: É necessário apenas um aumento de um grau centígrado para que toda uma espécie seja varrida da face da Terra, porque o seu habitat e as relações da cadeia alimentar existente, terão mudado, devido a esta mudança de um grau. Lembrem-se: “Eu sou Você.” Um grau pode significar a diferença entre a sobrevivência e a não sobrevivência para uma família de quatro pessoas na terra que costumava produzir o suficiente porque o solo era bem nutrido, o que agora já não ocorre, porque os microorganismos necessários para a produção dos alimentos não estão presentes em abundância.

EU SOU VOCÊ. EU SOU SEMPRE VOCÊ. EU SOU ETERNAMENTE VOCÊ. 
Não há nada que me aconteça que possa estar separado de quem Você é e de como Você é. À medida que a Terra muda, eu sou parte das mudanças da Terra. Eu sou a sua dor, agora, enquanto ela se esforça para se curar. Eu sou a sua renovação, enquanto ela absorve a nova luz que nela entrou para restaurar o que foi danificado e trazê-la a um estado de saúde e de brilho que antes não existia. Eu continuarei a ser a Terra mais tarde, quando as pessoas compreenderem que EU SOU VOCÊ se aplica à Terra também.

Quando alguém lhes perguntar, ou se vocês se perguntarem sobre o Processo da Ascensão, ou o que é a consciência da quinta dimensão, ou o que irá acontecer no futuro, aponte-as na direção do “EU SOU VOCÊ”. É a consciência nova e sagrada que está chegando até nós. Está chegando para todas as pessoas, em todos os lugares, e de forma mais dolorosa, estará chegando, não muito em breve, às margens daquelas ilhas já em perigo de extinção, cuja própria sobrevivência depende de nossa vontade de aceitar esta consciência.

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