Reflexo da vida

Havia uma vez um ancião que passava os dias sentado junto ao poço na entrada do povoado. Um dia, um jovem se aproximou e lhe perguntou:
- Nunca estive por aqui. Como são os habitantes desta cidade?
O ancião lhe respondeu com outra pergunta:
- Como eram os habitantes da cidade de onde vens?
- Egoístas e maus, por isso fiquei feliz de ter saído de lá.
- Assim são os habitantes desta cidade, lhe respondeu o ancião.
Pouco depois, outro jovem se aproximou e fez a mesma pergunta:
- Estou chegando a este lugar. Como são os habitantes desta cidade?
Como da vez anterior, o ancião devolveu a pergunta:
- Como eram os habitantes da cidade de onde vens?
- Eram bons, generosos, hospitaleiros, honestos e trabalhadores.
Tinha tão bons amigos que me custou muito separar-me deles.
- Os habitantes desta cidade também são assim, respondeu o ancião.
Quando o jovem se afastou, um homem que levara seus animais para beber da água do poço e acabara por escutar a conversa, disse ao ancião:
- Por que respondeste assim para estas duas pessoas?
- Veja - respondeu ele, cada pessoa carrega o universo em seu coração.
Quem nada encontrou de bom em seu passado, tampouco encontrará aqui. Ao contrário, aquele que tinha amigos em sua cidade, aqui também encontrará bons amigos. As pessoas refletem o que existe em si mesmas. Encontram, sempre, o que esperam encontrar.

Aos meus amigos queridos

Lindos amigos que caminham ao meu lado...

E são um presente de Deus!

Estes que permaneceram em minha vida, quando os demais se afastaram

E me sustentam com as duas mãos quando estou caindo.

Os mesmos que me acompanham nos silêncios, risos e dores

E são incondicionais nos momentos difíceis.

Aos meus amigos que sabem o que estou sentindo, ainda que não lhes revele

E aos quais dedico toda a minha ternura...

Aos meus amigos que estarão sempre em meu pensamento, apesar da distância porque a amizade é o mesmo sentimento a nos unir.

Aos meus amigos, estes sóis que afastam as minhas tristezas...

A eles que são os irmãos que escolhi e estão no meu coração.

A eles, tão somente a eles, devo dizer o quanto os amo e desejar-lhes de modo especial... PAZ EM SUAS VIDAS!

29 de jun. de 2011

Vídeo: Homenagem à Mãe Divina


Vem surgindo um novo tempo
Traz glórias do divino
Mais puros e atentos
Nos tornamos canais do infinito

Mãe Divina eu quero ser
Um filho realizado
E é perante o seu poder
Que me entrego pra ser libertado

Como um rio que corre para o mar
Correntezas carregam o medo
Confiança para atravessar
A fronteira do eu derradeiro

Não há desculpas para se escorar
Já foi dito: a hora esta!
O tempo é de se integrar
Abraçando o que ainda resta

Estou morrendo para o passado
E nem anseio pelo futuro
Minha coroa tem brilho dourado
Provo o néctar do amor maduro.

Chandra Lacombe

28 de jun. de 2011

PANTA REI = TUDO MUDA

Tal qual um dos trabalhos impressionantes dos monges budistas que fazem as mandalas de sal colorido feitas com o maior cuidado e com a maior dedicação, elas são desmanchadas logo depois de prontas para demonstrar a transitoriedade das coisas na vida, mesmo que elas exijam o maior esforço. 

Assim é que nós devemos encarar o dia-a-dia. Sempre prontos para começar tudo de novo, se preciso for.

Perca o referencial de vez em quando. Saia de sua zona de conforto.

Dê oportunidade ao imprevisível. Nada é mais certo do que a incerteza.

As coisas têm o valor que nós damos a elas...

PANTA REI” é uma expressão do pensador Heráclito, que significa “TUDO MUDA” (tudo flui, nada persiste) e ele usava como metáfora filosófica a idéia de pisar num rio, que um milésimo de segundo depois de pisado, já não era mais feito da mesma água. 

A SAÚDE - A nossa maior dádiva!

A ORAÇÃO - a solução para os dias atuais com a Terra em transição.

A PAZ -  busque-a na sua Energia Vital, no interior do seu ser.

O AMOR - o elo, a razão e o entendimento para tudo.

O PERDÃO - a ascensão espiritual.

O TRABALHO - é o nosso estímulo.

A HUMILDADE - é a sabedoria.

O ORGULHO – é a maior DOENÇA da ALMA. 

O PERDÃO - é a chave para a Felicidade...

Nada real pode ser ameaçado. Nada irreal existe. Nisso está a Paz de Deus.

O Homem e a Natureza


~ O Homem e a Natureza ~

Ao romper do dia, sentei-me na campina, travando conversa com a Natureza, enquanto o Homem ainda descansava sossegadamente nas dobras da sonolência. Deitei-me na relva verde e comecei a meditar sobre estas perguntas:

Será a Beleza Verdade? Será Verdade a Beleza?

E em meus pensamentos vi-me levado para longe da humanidade. Minha imaginação descerrou o véu de matéria que escondia meu íntimo. Minha alma expandiu-se e senti-me ligado à Natureza e a seus segredos. Meus ouvidos puseram-se atentos à linguagem de suas maravilhas. Assim que me sentei e me entreguei profundamente à meditação, senti uma brisa perpassando através dos galhos das árvores e percebi um suspiro como o de um órfão perdido.

“Por que te lamentas, brisa amorosa?” perguntei.

E a brisa respondeu:

“Porque vim da cidade que se escalda sob o calor do sol, e os germes das pragas e contaminações agregaram-se às minhas vestes puras. Podes culpar-me por lamentar-me?”

Mirei depois as faces de lágrimas coloridas das flores e ouvi seu terno lamento...

E indaguei:

“Por que chorais, minhas flores maravilhosas?”

Uma delas ergueu a cabeça graciosa e murmurou:

“Choramos porque o Homem virá e nos arrancará, e nos porá à venda nos mercados da cidade.”

E outra flor acrescentou:

“À noite, quando estivermos murchas, ele nos atirará no monte de lixo. Choramos porque a mão cruel do Homem nos arranca de nossas moradas nativas.”

Ouvi também um riacho lamentando-se como uma viúva que chorasse o filho morto, e o interroguei:

“Por que choras meu límpido riacho?”

E o riacho retrucou:

“Porque sou compelido a ir à cidade, onde o Homem me despreza e me rejeita pelas bebidas fortes, e faz de mim carregador de seu lixo, polui minha pureza e transforma minha serventia em imundície.”

Escutei, ainda, os pássaros soluçando e os interpelei:

“Por que chorais meus belos pássaros?”

E um deles voou para perto, pousou na ponta de um ramo e justificou:

“Daqui a pouco, os filhos de Adão virão a este campo com suas armas destruidoras e desencadearão uma guerra contra nós, como se fôssemos seus inimigos mortais. Agora estamos nos despedindo uns dos outros, pois não sabemos quais de nós escaparão à fúria do Homem. A morte nos segue, aonde quer que vamos.”

Então o sol já se levantava por trás dos picos da montanha e coloria os topos das árvores com auréolas douradas. Contemplei tão grande beleza e me perguntei:

“Por que o homem deve destruir o que a Natureza construiu?”

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Fonte: A Voz do Mestre, Gibran Kahlil Gibran

27 de jun. de 2011

Ressentimento - André Luiz

Sim, você recebeu um tratamento péssimo daquele cliente, daquele namorado, do professor, do seu marido, dos seus pais, dos seus filhos, dos vizinhos, do seu chefe, dos seus colegas, dos amigos, críticos, do cachorro...

Você tem toda razão em ter sentido mágoa, tristeza e desapontamento quando isso aconteceu. Mas sentir tais coisas só tem lógica se for naquele momento. Nunca mais. Se você está, ainda hoje, sentindo essa decepção, essa tristeza, essa mágoa com outra pessoa, então você está ressentido, com ela. Veja com atenção o significado da palavra ressentimento.

RE-SENTIMENTO * Sentir novamente; sentir infinitamente, para alguns.

Qual a razão de usar sua mente e seu coração para sentir novamente coisas ruins, fragilidades e decepções? Sentir coisas ruins novamente não tem absolutamente nenhuma função, exceto prender você ao passado e tornar você uma eterna vítima de alguém que nem mesmo está tentando prejudicar você mais.

Ao guardar qualquer ressentimento você está se acorrentando a alguém que lhe fez mal, mesmo que essa pessoa não queira mais isso. Você está re-sentindo a dor que só existe em sua memória.

A outra pessoa, por pior que tenha sido, não será prejudicada por seu ressentimento. Mas você será. Você desperdiçará momentos únicos das suas vinte e quatro horas para pegar o punhal que alguém usou contra você há semanas, meses, anos ou décadas atrás e, acredite ou não, você mesmo estará se apunhalando dia-após-dia, com seu re-sentimento.

Se o caso for tão grave que tenha que ser resolvido em tribunais, deixe advogados cuidando disso e se concentre em sua vida e sua felicidade. Não caia na armadilha do ressentimento. Viva o momento que estiver vivendo. Esqueça as coisas ruins do passado. Ele não existe mais.

E, se mesmo com toda a lógica do mundo, você ainda estiver "sentindo re-sentimento" e mágoa de alguém, lembre-se do que disse Shakespeare:
"Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra".

Voce é especial.

26 de jun. de 2011

Cuidado com os burros motivados

A “Revista ISTOÉ” publicou esta entrevista.
O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional. 

ISTOÉ - QUEM SÃO OS HERÓIS DE VERDADE?
Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura.

Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa.

Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

ISTOÉ - O SR. CITARIA EXEMPLOS?
Shinyashiki - Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos,empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.

Acho lindo quando o Cafú põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.

Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.  

ISTOÉ - Qual o resultado disso?
Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. Os pais querem preparar os filhos para o futuro e mete os filhos em aulas de inglês, informática, judô, balé, natação, ginástica e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece.

A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança, aprender com seus erros. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

ISTOÉ - Por quê?
Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a Competência.

Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTOÉ - Há um script estabelecido?
Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz ? "Qual é seu defeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar".

É exatamente o que o Chefe quer escutar.
Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse: " Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir". Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

ISTOÉ - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.

CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado.

Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

ISTOÉ - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso do reconhecimento dos outros, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.

Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTOÉ - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.

O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham". Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.

A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTOÉ - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.

A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTOÉ - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos).

Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto  foram apostas e erros.

Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.

São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.

Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

ISTOÉ - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?  
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São TRÊS loucuras da sociedade.

A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.

A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.

A terceira é: Você tem que comprar tudo o que desejar nem que seja para mostrar ao seu vizinho. O resultado é esse consumismo absurdo.

Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.

Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.  

Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada.

Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

O poder da Educação

Conta-se que o legislador Licurgo foi convidado a proferir uma palestra a respeito de educação. Aceitou o convite mas pediu, no entanto, o prazo de seis meses para se preparar. O fato causou estranheza, pois todos sabiam que ele tinha capacidade e condições de falar a qualquer momento sobre o tema e, por isso mesmo, o haviam convidado.

Transcorridos os seis meses, compareceu ele perante a assembléia em expectativa. Postou-se à tribuna e logo em seguida, entraram dois criados, cada qual portando duas gaiolas. Em cada uma havia um animal, sendo duas lebres e dois cães.

A um sinal previamente estabelecido, um dos criados abriu a porta de uma das gaiolas e a pequena lebre, branca, saiu a correr, espantada. Logo em seguida, o outro criado abriu a gaiola em que estava o cão e este saiu em desabalada carreira ao encalço da lebre. Alcançou-a com destreza trucidando-a rapidamente. A cena foi dantesca e chocou a todos. Uma grande admiração tomou conta da assembléia e os corações pareciam saltar do peito.

Ninguém conseguia entender o que Licurgo desejava com tal agressão. Mesmo assim, ele nada falou. Tornou a repetir o sinal convencionado e a outra lebre foi libertada. A seguir, o outro cão. O povo mal continha a respiração. Alguns mais sensíveis, levaram as mãos aos olhos para não ver a reprise da morte bárbara do indefeso animalzinho que corria e saltava pelo palco.

No primeiro instante, o cão investiu contra a lebre. Contudo, em vez de abocanhá-la deu-lhe com a pata e ela caiu. Logo ergueu-se e se pôs a brincar. Para surpresa de todos, os dois ficaram a demonstrar tranqüila convivência, saltitando de um lado a outro do palco.

Então, e somente então, Licurgo falou; "senhores, acabais de assistir a uma demonstração do que pode a educação. Ambas as lebres são filhas da mesma matriz, foram alimentadas igualmente e receberam os mesmos cuidados. Assim igualmente os cães. A diferença entre os primeiros e os segundos é, simplesmente, a educação."

E prosseguiu vivamente o seu discurso dizendo das excelências do processo educativo: "A educação, baseada numa concepção exata da vida, transformaria a face do mundo."

Eduquemos nosso filho, "esclareçamos sua inteligência, mas, antes de tudo, falemos ao seu coração, ensinemos a ele a despojar-se das suas imperfeições. Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tornarmos melhores."

Você sabia?

Que Licurgo foi um legislador grego que deve ter vivido no século quarto antes de Cristo? E que o verbo educar é originário do latim educare ou educcere e quer dizer extrair de dentro?

Percebe-se portanto, que a educação não se constitui em mero estabelecimento de informações, mas sim de se trabalhar as potencialidades interiores do ser, a fim de que floresçam, à semelhança de bela e perfumada flor.


Redação do Momento Espírita

Eu amo você!

Tem horas que duas mãos não bastam
Pois, nossos sonhos estão tão difíceis de agarrar!
E nossos dois braços não bastam para os desejos conter
Estamos com os olhos gastos de chorar
E a alma, e o coração cansados de sofrer!

Nessas horas, em que os minutos não passam
E seus segundos se recusam a morrer
É que eu penso mais em nós, e bem mais em você!

E em nossos momentos calmos
E em nossos sorrisos largos
E em nossos braços atados...
Como se fôssemos nos perder!

E choro!
E sofro!
E grito!
E com as lembranças, de ti, de nós, que evoco
Sorrio!

Sem dores, nem gritos...
Apenas ouvindo dos nossos murmúrios
Ao pé de meus ouvidos úmidos:
Eu amo você!

E o ecoar dos sentimentos mais profundos
Tocando a maciez dos teus ouvidos:
Eu amo você!

E silêncio as convulsões em meu peito
Apaziguo as de minha alma...
E penso bem mais em nós, e só em você!

Edvaldo Rosa

O mar trazendo a arte

Ater Jansch é uma artista inglesa que nasceu, em 1948, em Essex. Estudou arte no Walthamstow and Goldsmiths College, em Londres. Uma definitiva paixão por cavalos desde sua infância, levou-a a fazer sua primeira escultura: um alto relevo de um cavalo. Foi essa paixão também que a levou a comprar uma fazenda em Wales. Viveu alguns anos isolada criando cavalos Welsh e firmou-se como uma bem sucedida pintora – um período que descreve como sendo de seu aprendizado. Mudou-se para Devon em 1980 e, entretanto, precisou esculpir de novo, voltando às suas raízes: o cavalo. Usando pedaços de paus (troncos, galhos e ramos) que o mar trazia à costa, Heather finalmente revelou seu poder, sua graciosidade, potencial e autenticidade ao criar seus “cavalos de pau”. Imagine pegar pedaços de árvores que aparecem flutuando na costa e transformá-los em cavalos e outros animais? Pois é esse o principal trabalho dela. Embora tenha passado a esculpir também em bronze, sua arte ecológica é, realmente, ímpar.

Assistiu AVATAR? Vale a pena!

O filme Avatar apareceu num ótimo momento. Após o fracasso da Conferência do Clima em Copenhague e no início do Ano da Biodiversidade, foi um brado de alerta sobre nossa péssima relação com a natureza. Mereceu grande público pelos belos efeitos e pela fotografia extraordinária, porém, mais do que isso, apresentou uma poderosa mensagem ecológica: o homem precisa restabelecer sua conexão com a natureza.

Nos fala também de respeito ao próximo, homem, animal ou floresta, igual ou diferente de nós. O espectador é transportado para a lua Pandora, habitada pelo povo Na’vi, em um universo de experiências sensoriais encantadoras, com seres de formas jamais imaginadas, cores reluzentes e uma natureza exuberante.

Avatar propõe uma discussão pertinente sobre o futuro do nosso planeta, a Terra. Inova ao expor a monstruosidade do ser humano, personificado no cel. Miles, que destrói um mundo em perfeita harmonia, com uma brutalidade chocante, em cenas que provocam indignação. Mostra a inescrupulosidade do ser humano, até onde o homem é capaz de chegar para obter ganhos econômicos.

Quando a árvore-casa dos Na’vi cai, o desmatamento da Amazônia, da Mata Atlântica, o derretimento dos polos, a morte dos corais e dos oceanos, enfim, todas as desgraças provocadas pelo homem são evocadas. Vemo-nos atirando contra a natureza, só porque debaixo dela se encontra um minério valioso, que, para os humanos, resolveria a crise energética, uma vez que em 2154 – ano em que a trama se passa – não existe mais verde na Terra. Com a Terra arrasada, segue-se a colonização de outros mundos. Ao mostrar nossa mesquinhez, o filme pretendeu atingir o que ainda resta de consciência ecológica no ser humano.

O nome da lua, Pandora, é significativo. Na mitologia, Pandora, a primeira mulher criada por Júpiter, recebe dos deuses, presentes em forma de dons, como beleza, persuasão e música. Do marido, Epimeteu, recebe uma caixa contendo todos os males, com a advertência de não abri-la. Mas a curiosidade foi maior, e Pandora abriu a caixa, liberando pragas que atingiram o homem, restando apenas a esperança. Pandora não cuidou de sua caixa, e nós não estamos cuidando do nosso planeta.

Avatar nos adverte: a Terra é nossa caixa de Pandora. Se não soubermos preservá-la, será o nosso fim.

O filme é permeado de esperança. Na lua Pandora tudo está em equilíbrio. Uma árvore da vida, a deusa Eywa, sustenta as conexões entre as raízes de todas as árvores e entre todos os seres.

É uma teia, como as sinapses que ligam os neurônios em nosso cérebro. Acaso na Terra os sistemas também não estão interligados? Esse é o preceito fundamental da ecologia. Como dizia José Lutzenberger, em seu Manifesto Ecológico Fim do Futuro: tudo está relacionado com tudo. Tudo é uma coisa só. Embora nossa conexão não se realize diretamente, como ocorre por meio das tranças dos Na’vi, com os cavalos (Direhorses), animais alados (Banshee) ou com a própria terra... ela existe, só que está perdida pelo nosso afastamento da natureza.

Avatar nos diz que, se quisermos manter o direito de habitar na Terra, precisamos colocar-nos novamente em contato com a natureza.

O personagem principal, Jake Sully, consegue se libertar da cegueira e da ignorância e perceber a tempo a catástrofe que os humanos iriam desencadear em Pandora. Ao entrar em contato com os costumes dos Na’vi, Jake Sully, aos poucos, vai compreendendo a importância da harmonia ecológica de Pandora. Trata-se, além de conhecer os modos de alimentação
e locomoção, de como respeitar a vida em todas as suas formas.

Quando a jovem princesa Neytiri diz a ele “Eu vejo você”, ela não apenas vê, mas sente, percebe e respeita o outro. Para vivermos em equilíbrio com a natureza e com nossos semelhantes, é preciso “vê-los” profundamente.

Um aspecto interessante é que a vida no Avatar passa a ser mais real do
que a “vida real”. Isso pode instigar-nos a questionar: a vida que levamos atualmente nos proporciona qualidade de vida? Não está na hora de buscarmos qualidade de existência?

O filme nos mostra que as sociedades tidas como “primitivas”, até mesmo “selvagens”, têm mais sabedoria, e, geralmente, uma ligação com
a natureza muito mais rica do que a nossa.

Somos responsáveis pelo sistema econômico falho, excludente, perverso – que, apesar da crise, surpreendentemente permanece o mesmo – que, visando ao lucro e ao crescimento ilimitado, coloca a natureza como uma ‘pedra no sapato’ para atingir o “desenvolvimento”. O que nos falta, como mostra Avatar, é envolvimento.

O próprio nome “desenvolvimento” sugere um desligamento com o envolvimento, uma total desconexão com a Mãe Natureza, que só gera desequilíbrio para todos nós.

Estamos cada vez mais desconectados com a teia da natureza, preocupados em ganhar dinheiro custe o que custar. Mesmo que o preço seja a vida dos que ainda não nasceram ou até mesmo dos oceanos, das árvores e dos animais, não cogitamos alterar nossos hábitos de consumo, extremamente danosos aos recursos naturais, e, muito menos, mudar nossa matriz energética altamente poluente.

Ainda há tempo para salvar a Terra, basta nos reconectarmos. “Eu vejo você!”

Texto: Elenita Malta - Historiadora

Relógio do coração

"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de abraçar e tempo de afastar-se; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz." (Eclesiastes)

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.

Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.

Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas.

Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.

Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na Terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.

E há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados da folhinha.

Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembrança de horas.

Há eventos que marcaram, e que duram para sempre o nascimento do filho, a morte da avó, a viagem inesquecível, o êxtase do sonho realizado.

Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.

Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo. Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz estava eu na ocasião.

O relógio do coração hoje descubro, bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso. Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente. Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.

É olhar as rugas e não perceber a maturidade. É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu.

Pense nisso.

E consulte sempre o relógio do coração: ele lhe mostrará o verdadeiro tempo do mundo.

O Tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: Não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.

A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará. (Mário Quintana)

"O presente é a sombra que se move separando o ontem do amanhã. Nele repousa a esperança." (Frank Lloyd Wright)

"O tempo foi algo que inventaram para que as coisas não acontecessem todas de uma vez."

25 de jun. de 2011

Sal Marinho & Sal Comum

Ninguém imagina as grandes diferenças que existem entre ambos os sais.
Um dá vida e o outro mata.

Sal Marinho que alimenta...
“É o maior concentrado de minerais naturais. É o maior alimento que a natureza criou, na exata medida requerida pelas células"

E o outro, o Sal Comum que mata. Lentamente, mas mata.

O mar se move ondularmente há milhões de anos, desgastando todos os minerais e pedras que existem no planeta e essas partículas estão suspensas na água do mar. O homem descobriu que, evaporando a água do mar, resta o SAL MARINHO.

Ao analisá-lo, verificamos que contém, quase que nas mesmas proporções do soro sanguíneo, todos os minerais que o organismo precisa. Por isso se diz que viemos do mar.

Alguns minerais contidos no sal marinho:
Enxofre, boro, bromo, césio, carbono, estrôncio, magnésio, potássio, sódio, alumínio, arsênico, bario, cobalto, flúor, fósforo, ferro, lítio, manganês, mercúrio, níquel, nitrogênio, ouro, prata, rádio, rubidio, selenio, silício, torio, uranio, vanadio, zinco, iodo...etc, etc.

Há, ainda, moléculas de todas as pedras do planeta, sejam de uma montanha ou do deserto. Tudo termina no mar, levado pelas chuvas.

Os músculos, ao desidratar-se, perdem grandes quantidades de água e
sais minerais, criando um estado de cansaço e esgotamento físico, psíquico, emocional e mental. Há mau funcionamento interno, quando faltam os minerais perdidos. Devemos repô-los rapidamente, e, com o Sal Comum,
nada chegará até às células: somente sódio puro.

O Sal Marinho repõe, em instantes, as nossas perdas.

BENEFÍCIOS DO CONSUMO DIÁRIO DO SAL MARINHO.

* Dá energia para os músculos.
* Compensa os prejuizos da má alimentação.
* Diminui a acidez gástrica.
* Estimula a circulação sanguínea, respiratória, centros nervosos, os rins e as vias urinárias.
* Elimina os ácidos tóxicos: Acido Lático/Acido Úrico
* Em 3 semanas, há uma grande transmineralização e um enriquecimento extraordinário de cálcio, fluor, magnésio, etc.
* O magnésio previne contra os transtornos do coração.
* O fluor fortifica os ossos, os dentes, etc.
* Tem grande efeito bactericida e antibiótico.
* Produz um grande equilíbrio eletrolítico.
* Regula os excessos de sódio e potássio (baixa a pressão arterial, segundo estudos feitos na Espanha).
* Evita os resfriados.
* É antialérgico.
* Estimula a cura das feridas. Alivia a Psoríase, os processos menstruais, o bócio.
* Combate o colesterol, a senilidade, os cálculos biliares.

Os minerais participam da cura de todas as doenças físicas... TODAS.

Se consumindo Sal Marinho achamos "todos“ os minerais que o corpo necessita... por que ninguém nos informa?

O importante é divulgá-lo, para que todos o consumam na sua totalidade...
e quase que pelo mesmo preço.

Pesquisa: CENTRO ARGENTINO DE INVESTIGACIÓN Y ESTUDIO DE LOS MICRO NUTRIENTES CELULARES - Lic. Omar Rost

Fábula moderna

Uma galinha achou alguns grãos de trigo e disse a seus vizinhos:
“Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar a plantá-lo?”
”Eu não”, disse a vaca.
“Nem eu”, emendou o pato.
“Eu também não”, falou o porco.
“Eu muito menos”, completou o bode.

“Então eu mesma planto”, disse a galinha. E assim o fez.
O trigo cresceu alto e amadureceu em grãos dourados.

“Quem vai me ajudar a colher o trigo?”, quis saber a galinha.
“Eu não”, disse o pato.
“Não faz parte de minhas funções”, disse o porco.
“Não depois de tantos anos de serviço”, exclamou a vaca.
“Eu me arriscaria a perder o seguro-desemprego”, disse o bode.

“Então eu mesma colho”, falou a galinha, e colheu o trigo ela mesma.

Finalmente, chegou a hora de preparar o pão.

“Quem vai me ajudar a assar o pão?” indagou a galinha.
“Só se me pagarem hora extra”, falou a vaca.
“Eu não posso por em risco meu auxílio-doença”, emendou o pato.
“Eu fugi da escola e nunca aprendi a fazer pão”, disse o porco.
“Caso só eu ajude, é discriminação”, resmungou o bode.

“Então eu mesma faço”, exclamou a pequena galinha.
Ela assou cinco pães, e pôs todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver. De repente, todo mundo queria pão, e exigiu um pedaço.

Mas a galinha simplesmente disse:
“Não! Eu vou comer os cinco pães sozinha”.
“Lucros excessivos!”, gritou a vaca.
“Sanguessuga capitalista!”, exclamou o pato.
“Eu exijo direitos iguais!”, bradou o bode.
O porco, esse só grunhiu.

Eles pintaram faixas e cartazes dizendo “Injustiça” e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades.

Quando um agente do governo chegou, disse à galinhazinha:
“Você não pode ser assim egoísta”
“Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor”, defendeu-se a galinha.
“Exatamente”, disse o funcionário do governo.
“Essa é a beleza da livre empresa. Qualquer um aqui na fazenda pode ganhar o quanto quiser. Mas sob nossas modernas regulamentações governamentais, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada”.

E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha, que sorriu e cacarejou: “eu estou grata”, “eu estou grata”. Mas os vizinhos sempre se perguntavam por que a galinha nunca mais fez um pão.

Essa fábula deveria ser distribuída e estudada em todas as escolas brasileiras. Quem sabe assim, em uma ou duas gerações, sua mensagem central pudesse tomar o lugar de toda essa papagaiada pseudo-socialista que insiste em assombrar nosso país e condená-lo à eterna miséria.

Qualquer semelhança desses bichos com alguns abaixo citados é mera coincidência:
Ronald Reagan

Quase acreditei...

Quase acreditei...
Que não era nada, ao me tratarem como nada.

Quase acreditei...
Que não seria capaz, quando não me chamavam, por acharem que eu não era capaz.

Quase acreditei...
Que não sabia, quando não me perguntavam por acharem que eu não sabia.

E tenho como dívida com a vida fazer com que cada ser humano se perceba, se ame, se admire de si mesmo, como verdadeira fonte de riqueza.

Foi assim que cresci: acreditando sou exatamente do tamanho de cada ser humano. E por acreditar perdi o medo de dizer, de falar, participar e até de cometer enganos.

E se errar?

Paciência, continuo vivendo, e por isso aprendendo.

PORQUE ERRAR É HUMANO...

Quase acreditei ser diferente entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos, entre tantos que eram chamados e escolhidos.

Quase acreditei estar de fora quando me deixavam de fora por que... que falta fazia?

E de quase acreditar adoeci; busquei ajuda com doutores, mestres, magos e querubins. Procurei a cura em toda parte e ela estava tão perto de mim...

Me ensinaram a olhar para dentro de mim mesmo e perceber que sou exatamente, como os iguais que me faziam diferente.

E acreditei profundamente em mim.

Aborto não realizado

A gravidez veio na hora indesejada, lembrava-se Laura. Veio na hora errada e ainda trazia riscos de várias ordens. A saúde debilitada, problemas familiares, o desemprego...

Seu primeiro impulso foi o aborto. Tomou uns chás que, em vez de resolver, a debilitaram ainda mais. Recuperada, buscou uma dessas pessoas que arrancam, ainda no ventre, o chamado problema das mães que não desejam levar adiante a gestação.

Naquele dia, a parteira havia adoecido e faltara.

Laura voltou para casa preocupada, mil situações lhe passavam pela mente. À noite, deitou-se e custou a adormecer, mas foi vencida pelo sono. No sonho, viu um belo jovem pedindo-lhe algo que, na manhã seguinte não soube definir.

Durante todo o dia não conseguiu tirar aquela imagem da mente, de sorte que esqueceu a gravidez. Na noite seguinte voltou a sonhar com o mesmo jovem, só que acordou com a agradável sensação de tão doce quanto agradável "obrigado".

Era como se ainda visse seus lábios pronunciando palavras de agradecimento, enquanto de seu coração irradiava uma paz indefinível.

Desistiu do aborto. Enfrentou tudo, superou todos os riscos e saiu vitoriosa...

Hoje, passados 23 anos do episódio, ouve emocionada seu belo e jovem filho pronunciar, do púlpito da solenidade de sua formatura, ante uma extasiada multidão:
... Agradeço sobretudo à minha mãe, que me alimentou o corpo e o Espírito, dando-me não só comida, mas carinho, companhia, amor e, principalmente, vida.

E, olhando-a nos olhos, o filho pronunciou, num tom inconfundível: Obrigado!

Ela não teve dúvidas. Foi o mesmo "obrigado", doce e agradável de um sonho, há 23 anos...

* * *

A mulher que nega o ventre ao filho que Deus lhe confia, nega a si mesma a oportunidade de ouvir a cantiga alegre da criança indefesa a rogar-lhe carinho e proteção. Perde a oportunidade de dar à luz um Espírito sedento de evolução, rogando-lhe uma chance de reencarnar, para juntos superarem dificuldades e estreitarem laços de amizade e afeto.

Se você, mulher, está passando pela mesma situação de Laura, mire-se no seu exemplo e permita-se ser mãe. Permita-se sentir, daqui alguns meses, o agradecimento no olhar do pequenino que lhe roga o calor do colo e uma chance de viver. Conceda-se a alegria de, daqui alguns anos, ornamentar o pescoço com a jóia mais valiosa da face da Terra: os bracinhos frágeis da criança, num abraço carinhoso a lhe dizer:
Obrigado, mamãe, por ter me permitido nascer e crescer, e fazer parte desse Mundo negado a tantos filhos de Deus.

* * *

Todos nós voltaremos a nascer um dia...

Se continuarmos negando oportunidades de reencarnação aos Espíritos com os quais nos comprometemos antes do berço, talvez estejamos negando a nós mesmos a chance de uma mãe ou pai, no futuro.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base em história publicada no Jornal Caridade, de maio/junho 1997.

24 de jun. de 2011

Verdadeiro desafio

Na pontinha da Bretanha, França, onde o mar não é de brincadeira, bem no encontro das águas do Atlântico com as do Canal da Mancha, foram construídos os mais incríveis faróis para segurança da navegação na região.
A violência do mar naquela extensa área explica porque a "Invencível Armada" da Espanha - que pretendia atacar a Inglaterra - teve suas caravelas naufragadas há cerca de 200 anos.
O mais difícil de entender é como os franceses conseguiram construir tais faróis, em meio à fúria das ondas. E também como os faroleiros conseguem sobreviver em tal isolamento? Para substituí-los são utilizados helicópteros, o que obriga os faroleiros a serem verdadeiros acrobatas.

Poema da gratidão - Divaldo Franco

Muito obrigado Senhor, pelo que me deste, pelo que me dás!
Muito obrigado pelo pão, pelo ar, pela paz!

Muito obrigado pela beleza que meus olhos vêem no altar da Natureza!
Olhos que fitam o ar, a terra e o mar. Que acompanha a ave fagueira que corre ligeira pelo céu de anil e se detém na terra verde salpicada de flores
em tonalidades mil!

Muito obrigado Senhor, porque eu posso ver o meu amor!

Diante de minha visão, pelos cegos, formulo uma oração. Eu sei que depois dessa lida, na outra vida, eles também enxergarão!

Obrigado pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus. Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro, a melodia do vento nos ramos do salgueiro, as lágrimas que choram os olhos do mundo inteiro. Diante de minha capacidade de ouvir, pelos surdos eu Te quero pedir, eu sei que
depois desta dor, no Teu reino de amor, eles também ouvirão!

Muito obrigado Senhor, pela minha voz! Mas também pela voz que canta, que ensina que alfabetiza que canta uma canção e Teu nome profere com sentida emoção!

Diante da minha melodia quero Te rogar, pelos que sofrem de afazia, pelos que não cantam de noite e não falam de dia. Eu sei que depois desta dor,
no Teu Reino de amor, eles também cantarão!

Muito obrigado Senhor, pelas minhas mãos!
Mas também pelas mãos que oram, que semeiam, que agasalham.
Mãos de amor, mãos de caridade, de solidariedade.
Mãos que apertam mãos.
Mãos de poesia, de cirurgia, de sinfonia, de psicografias...
Mãos que acalentam a velhice, a dor e o desamor!
Mãos que acolhem ao seio o corpo de um filho alheio, sem receio.

Pelos meus pés, que me levam a andar sem reclamar.
Muito obrigado Senhor, porque posso bailar!
Olho para a Terra e vejo amputados, marcados, desesperados, paralisados...
Eu posso andar!!!
Oro por eles!
Eu sei que depois dessa expiação, na outra reencarnação, eles também bailarão.

Muito obrigado Senhor, pelo meu lar!
É tão maravilhoso ter um lar...
Não importa se este lar é uma mansão, um bangalô, seja lá o que for!
O importante é que dentro dele exista amor!
O amor de pai, de mãe, de marido e esposa, de filho, de irmão...

De alguém que lhe estenda a mão, mesmo que seja o amor de um cão, pois
é tão triste viver na solidão! Mas se não tiver ninguém para amar, um teto
para me acolher, uma cama para me deitar... mesmo assim, não reclamarei, nem blasfemarei.

Simplesmente direi:
Obrigado Senhor, porque nasci.
Obrigado Senhor, porque creio em Ti!
Pelo Teu amor, obrigado Senhor!

Amélia Rodrigues

Muitas décadas transcorreram desde que Divaldo Franco proferiu sua primeira palestra, iniciando uma jornada que o levaria aos mais distantes rincões do mundo, tornando-se o maior divulgador da Doutrina Espírita em todos os tempos.
Como médium, completa, no ano de 2011, sessenta e quatro anos de prática mediúnica, realizada com a mesma abnegação e amor. Fundou em 1952, na cidade de Salvador, com Nilson de Souza Pereira, a Mansão do Caminho, complexo educacional que atende três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda, por dia. Seu trabalho em prol da paz mundial o tem distinguido no Brasil e no exterior. A esse incansável trabalhador do Cristo, que revive em sua vida exemplar os tempos apostólicos, o nosso preito de gratidão e de amor. Conheça a obra de Divaldo Franco: www.mansaodocaminho.com.br / www.divaldofranco.com / www.divaldofrancofotos.com.br

23 de jun. de 2011

Museu com 3D


Imagens: Worth1000 Photoshop Galleries