Quando o coração pede calma,
é tempo que a gente dá.
Tempo para parar de sofrer
e para esquecer de chorar.
Tempo para desentristecer
e para desanuviar.
Tempo para voltar a viver e
para – novamente – se alegrar.
Tempo para se abster
e para se acostumar.
Tempo para parar de doer
e tempo para aliviar.
Tempo para adormecer e,
após um bom tempo, sonhar.
Tempo para se erguer e para
– em frente – caminhar.
Tempo para aprender
e tempo para ensinar.
Tempo para prometer
e tempo para realizar.
Tempo para sentir prazer
e para a vida gozar.
Tempo para devolver o que
o tempo deixou passar.
Tempo para aquecer, o que
não pode mais esfriar.
Tempo para não temer
e para não titubear.
Tempo para defender,
sem precisar acusar.
Tempo para percorrer o
caminho onde se quer chegar.
Tempo para envelhecer
e para o tempo olhar.
Tempo para amadurecer
e para aprender a lidar.
Tempo para voltar a crer,
que o tempo se encarrega de curar.
Tempo para agradecer, o que
o tempo foi capaz de consertar.
Fellipo Rocha