CHEGUE NA PAZ

28 de out. de 2011

Pimenta & Benefícios

Além de emagrecer, auxilia no tratamento de pressão alta, câncer e enxaqueca.

Muitos a encaram com desconfiança à mesa. Não é para menos: por anos, o sabor picante foi considerado como responsável por gastrite, úlceras, hipertensão.

Se não fosse pelo sal, a pimenta seria o ingrediente culinário mais utilizado nas mesas mundo afora. Estudos têm mostrado que verdes ou vermelhas, as pimentas têm plenas condições de participar da relação de alimentos funcionais, aqueles com capacidade de promover a saúde. Cientistas do Cedars-Sinai Medical Center, nos Estados Unidos, confirmam pesquisa que confirma os poderes da pimenta no combate ao câncer de próstata. Os méritos são da capsaicina, substância química que torna o alimento ardido e, de acordo com os especialistas, ajuda a estimular a morte de células cancerígenas.

O tempero também conta com outras propriedades medicinais capazes de proteger de resfriados. A pimenta tem 6 vezes mais vitamina C que a laranja, o que a torna um forte antioxidante no combate aos radicais livres. Também tem licopeno (os frutos vermelhos), que protege as artérias e próstata, bem como, controla o colesterol, detalha o médico homeopata e especialista em Saúde pública, Márcio Bontempo. Autor do livro 'Pimenta e seus benefícios à saúde', ele diz que a planta é excelente fonte de betacaroteno - molécula precursora da vitamina A, outra importante substância para evitar a oxidação das células, além de ter funções vasodilatadoras, que inibem a formação de coágulos no sangue e afastam doenças do coração.

Mais vantagens:
Aliada das dietas. A capsaicina participa com o aparelho digestivo do processo de quebra dos nutrientes dos alimentos, fazendo com que ele trabalhe duro, gaste energia, consumindo mais calorias.

Reduz a formação de gases e melhora a produção de suco gástrico.

O segredo do uso é a quantidade, tendo de ser usada com cautela por pessoas com gastrite, azia e úlcera, mas o condimento não é causador de nenhum desses males. Como a ingestão da pimenta faz aumentar a secreção da saliva, bile e ácidos estomacais, se ingerida em quantidades excessivas pode prejudicar pessoas que tenham tendência aos males de estômago, intestino e hemorróidas. Está comprovado que pimenta no prato além de saboroso é preventivo.

Pimenta é anticancerígena * Protege a membrana celular e o núcleo das células, local do material genético, o famosos DNA. A pimenta inibe o processo de ataque por radicais livres nas estruturas celulares. Fruto rico em vitaminas A, C e E, ácido fólico, zinco e potássio, que apresentam fortes propriedades benéficas ao DNA. Contém ainda betacaroteno e bioflavonóides, pigmentos vegetais (como o licopeno, responsável pelo vermelho das pimentas dessa cor). Esses 2 elementos são armas essenciais para afastar a oxidação celular.

Estudos realizados na Universidade de Harvard demonstraram que homens consumidores diários de alimentos com licopeno tem 50% menos chances de desenvolver câncer de próstata.

Controla o colesterol * Protege o aparelho cardiovascular. O LDL, colesterol bom, quando oxidado, é um dos responsáveis pela gênese da arteriosclerose - o entupimento das artérias. A vasodilatação estimulada pela capsaicina, tem papel importante no processo de desobstrução dos vasos sanguíneos.

Emagrecimento * A pimenta é digestiva, estimulante do metabolismo e ajuda a queimar calorias, elevando a temperatura dos tecidos. Prova disso é que apenas 6 g de pimenta chegam a queimar até 45 calorias. Ao estimular o sistema nervoso, o alimento faz aumentar a liberação de catecolaminas - hormônios produzidos pelas células renais. Assim, diminui o apetite e a ingestão de calorias, proteínas e gorduras na refeição seguinte. Produz a endorfina, que reduz a ansiedade alimentar. Na Índia, os pratos gordurosos são acompanhados de muita pimenta, porque é capaz de reduzir um elemento chamado kapha, que é a essência da gordura.

A capsaicina apresenta poder de cicatrização, potencial antiinflamatório no combate a infecções e inflamações.

É fonte eficaz para incrementar a circulação do sangue e, por isso, evita trombose, diabetes e mal de Alzheimer.

A espécie mais ardida do mundo é conhecida como naga jolokia e, também, pimenta-do-diabo.

A inusitada mistura de chocolate com pimenta já era saboreada há mais de 1.500 anos pelos incas e astecas. Na América pré-colombiana, acrescentava-se o mel.

Reduz enxaqueca e dor de cabeça * Tratamento bem simples para esse mal é aspirar um pouquinho de pó de pimenta-do-reino branca para estimular a circulação sanguínea cerebral.

Contra envelhecimento precoce * Cada vez mais estudos comprovam a potente ação antioxidante da capsaicina e piperina.

Atua como afrodisíaco * Na Antiguidade, egípcios, gregos e romanos já tinham notado o efeito vasodilatador, estimulante, vitalizante e tônico da pimenta e usavam o condimento para aquecer o ato sexual.

Contra depressão, estimulando o bom humor. A pimenta brasileira chamada de cumarim ganhou esse nome originário do tupi que significa comida alegre.

Quer saber mais:
Pimenta e seus benefícios à saúde - Márcio Bontempo - Editora Alaúde

Dicionário Gastronômico - Pimentas com suas receitas - Nelusko Linguanotto Neto.

Extraído: Revista VIDANATURAL & EQUILÍBRIO - Nº 07 - Editora Escala