CHEGUE NA PAZ

18 de fev. de 2011

Oi, moço...!

Não me perguntem quantos anos tenho
e sim, quantas cartas mandei e recebi
Se mais jovem, se mais velho...
o que importa
se ainda sou um fervilhar de sonhos
se não carrego o fardo da esperança morta!

Não me perguntem quantos anos tenho
e sim, quantos beijos troquei
- Beijos de amor!

Se a juventude em mim ainda é festa
se aproveito tudo a cada instante
e se eu bebo da taça gota a gota...
Ora! Então pouco se me dá que gota resta!

Não me perguntem quantos anos tenho mas...
queiram saber de mim se criei filhos
queiram saber de mim que obras eu fiz
queiram saber de mim que amigos tenho
e se alguém, pude eu, tornar feliz.

Não me perguntem quantos anos tenho mas...
queiram saber de mim que livros li
queiram saber de mim por onde andei
queiram saber de mim quantas histórias
quantos versos ouvi, quantos cantei.

E assim, somente assim, todos vocês
por mais brancos que estejam meus cabelos
por mais rugas que vejam no meu rosto
terão vontade de chamar-me:
“Oi Moço...!!!”

E ao me verem passar aqui... ali...
não saberão ao certo a minha idade
mas saberão por certo, que eu vivi.