CHEGUE NA PAZ

24 de dez. de 2010

Poema

Desejava, Jesus
Ter um grande armazém
De bondade constante
Maior do que os maiores que conheço
Para entregar sem preço
As criaturas de qualquer idade
As encomendas de felicidade
Sem perguntar a quem.

Eu desejava ter um braço mágico
Que afagasse os doentes
Sem qualquer distinção
E um lar onde coubesse
Todas as criancinhas
Para que não sentissem solidão.

Desejava, Senhor
Todo um parque de amor
Com flores que cantassem
Embalando os pequeninos
Que se encontram no leito
Sem poderem sair
E uma loja de esperança
Para todas as mães.

Eu queria ter comigo
Uma estrela em cuja luz
Nunca pudesse ver
Os defeitos do próximo
E dispor de uma fonte cristalina
De água suave e doce
Que pudesse apagar
Toda palavra que não fosse
Vida e felicidade.

Eu queria plantar
Um jardim de união
Junto de cada moradia
Para que as criaturas se inspirassem
No perfume da paz e da alegria.

Eu queria, Jesus
Ter os teus olhos
Retratados nos meus
A fim de achar nos outros
Nos outros que me cercam
Filhos de Deus
E meus irmãos que devo compreender e respeitar.

Desejava, Senhor, que a bênção do Natal
Estivesse entre nós, dia por dia
E queria ter sido
Uma gota de orvalho
Na noite em que nasceste
A refletir
Na pequenez de minha condição
A luz que vinha da canção entoada nos Céus:
- “Glória a Deus nas Alturas
Paz na Terra, Boa Vontade em tudo
Agora e para sempre!...

Meimei - Francisco Cândido Xavier