CHEGUE NA PAZ

29 de ago. de 2010

Operárias do Amor (Poesia)

Puras, solitárias, operárias do amor!
E lá vem ao longe, aos poucos
podendo ser avistadas solitárias.
Agora se fazem, carregam marcas profundas
Se um dia belas e formosas;
Hoje, no visual externo, cansadas e marcadas,
Mas, quando tocadas dotadas de uma força,
de um acalento sem limites
Se, ontem despreparadas
e lançadas muitas vezes a erros
que a própria vida oferece;
hoje cuidadosas, tomadas por ensinamentos profundos
Se, ontem erros cometidos;
hoje cautelosas, a ensinar
a quem se destine a aprender
Se, antes exerciam o fascínio
através sempre da aliada sedução,
Hoje o fascínio vem do equilíbrio da alma
que a cada momento ofereceu aprendizado de lapidação.
Hoje, porém solitárias e sozinhas prosseguem,
Jamais deixando de ensinar e conduzir
a quem delas precise, nunca deixando de mostrar
a cada um que se deve acreditar no amor
acima de tudo e, mesmo elas cansadas
continua a sua trajetória.
Afinal, elas são as mãos
Mãos, que ontem jovens, experimentaram
todos os prazeres mesmo os passageiros
Hoje já amadurecidas se fazem mestres no ensinar,
já foram mãos amigas, mãos de acalento,
mãos de pai, mãos de mães, mãos operárias
Enfim, estão a escrever suas histórias
Ah mãos!...Que instrumento fantástico
nos dá o Rei do Universo!

autor: Paulo Nunes Junior